As empresas brasileiras aceleram a corrida por projetos e tecnologias de sequestro da emissão de CO2 com um olho focado na competitividade dos negócios e o outro mirando o mercado de carbono. Cada tonelada de CO2 não emitida gera um crédito que pode ser negociado para que as empresas que emitem mais possam compensar os impactos de suas operações.
É o que acontece nas plataformas de produção de petróleo, que usam tecnologia pioneira no mundo de reinjeção nos reservatórios do CO2 que vem junto do óleo e gás na extração. São soluções que permitem à petroleira estimar uma redução de 25% nas emissões até 2030 na comparação com 2015. “A Petrobras é uma das operadoras mais eficientes, com menor emissão por carbono por cada barril de óleo que produz”, diz Viviane Coelho, gerente-executiva de mudança climática da estatal.
Já a Natura revela que é carbono neutro desde 2007. No ano passado evitou a emissão de 162 mil toneladas de gases de efeito-estufa. Até 2026 ainda espera reduzir mais 13%.
O desafio agora aponta para a bioeconomia – um modelo que valoriza a preservação da floresta e gera renda e serviços ambientais. Um programa com comunidades de reflorestamento no Acre, Amazonas e Rondônia evitou a emissão de 73 mil toneladas de CO2 com taxa de desmatamento de 0,52% em comparação a 2,4% do entorno. “O que não é possível evitar é compensado por meio da compra de créditos de carbono em projetos com impacto socioambiental”, diz Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura.
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