O consultor da presidência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, comentou na manhã desta quarta-feira, 16, sobre divulgação recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente à Pesquisa Mensal do Comércio. No Acre, segundo Garó, os números surpreendem, já que entre março e abril, os indicadores foram positivos e acenam uma retomada econômica em médio prazo.
Egídio explicou que, em todo o País, os resultados foram satisfatórios tanto no volume das vendas quanto na receita nominal delas. Além disso, em março, o Brasil apresentou índices de crescimento de 2,2% no volume das vendas do varejo restrito e 13,6% na receita nominal de vendas, também no varejo restrito.
“Em abril, esses resultados foram de um aumento de 9,3% e 22%, respectivamente, demonstrando a habilidade do segmento em recuperar-se das vicissitudes causadas pelo isolamento, limitação de funcionamento e de atendimento. Também no quarto mês do ano, os índices do volume de vendas no varejo restrito foram de 23,8% e na receita nominal de vendas de 36,1%. Já o volume de vendas no varejo ampliado, que considera o setor automotivo e materiais de construção, os números foram generosos: 41% no volume de vendas e 54,1% na receita nominal de vendas”, explicou.
No Acre, o volume de vendas no varejo restrito foi de 18,5% e na receita nominal de vendas de 25,3%, uma pequena recuperação se comparado ao mês de fevereiro; no varejo ampliado, o volume de vendas foi de 9,8% e a receita nominal de vendas de 22%. “O mês de abril já foi mais animador, cuja expectativa de recuperação ocorre após a flexibilização do horário de funcionamento, agora mais longo, e da circulação dos consumidores. Nesse mês, o volume de vendas do comércio varejista restrito cresceu 41,3% e a receita nominal de vendas acompanhou a mesma tendência; 49,2%”, disse.
O volume de vendas no varejo ampliado em abril também apresentou saldo positivo, indicando um crescimento de 47,4%, enquanto que a receita nominal de vendas apresentou uma elevação de 57,4%, ainda de acordo com o consultor. “Esses números apontam para uma recuperação gradual da atividade produtiva no País, notadamente na atividade industrial, que permitiram o ressuprimento dos estoques, uma melhoria na variedade de produtos oferecidos, associado às promoções diferenciadas praticadas pelos empresários do comércio varejista”.
Garó comentou também que ainda não se percebe um aumento na diversidade dos produtos por conta da inauguração da Ponte do Abunã, em Rondônia. “O que deve ocorrer em médio e longo prazo, por conta da redução dos custos envolvidos nos transportes como: diminuição do consumo de combustível, a diminuição do tempo gasto anteriormente com a travessia, os custos da própria travessia e a eliminação do seguro fluvial”, finalizou.
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