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Hospital só tem uma sala para todas as grávidas da região do Alto Acre

O Hospital Regional Raimundo Chaar, em Brasiléia, no interior do estado, enfrenta diversos problemas que prejudicam a oferta de um bom serviço à população do Alto Acre (Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri). Após uma fiscalização de rotina, o vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), Rodrigo Santiago, e a diretora fiscal, Ana Paula Pessoa, denunciam a existência de somente uma sala para atender às grávidas dos cinco municípios da região na unidade.

“Esse único espaço é utilizado tanto para atender às gestantes que fazem acompanhamento/ avaliação de rotina como às que chegam em trabalho de parto. Se houver mais de uma para ser atendida, tem que esperar o parto acontecer para poder fazer a avaliação de outra. É preciso organizar para fazer uma sala de atendimento e outra de parto. A mesa ginecológica é usada como maca em outro setor, falta um simples estetoscópio de Pinard para as gestantes e só tem um sonar, que corre o risco de não funcionar por mal contato da fiação”, conta o sindicalista.

Falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), insuficiência de colchões/lençóis descartáveis para as macas da unidade, fornecimento de apenas um avental aos médicos ao dia no setor COVID, escassez de remédios básicos como antibióticos e quadro de profissionais incompleto são alguns dos outros diversos problemas encontrados durante a fiscalização. Todo diagnóstico feito ao longo da visita será apresentado à Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) pela Diretoria do sindicato, que cobrará ações da pasta.

“Outro problema é com o Samu. A Direção do serviço cancelou o apoio ao Alto Acre com a retirada da ambulância de suporte de vida avançado, obrigando os médicos plantonistas a sair para acompanhar pacientes graves até Rio Branco. Um claro desvio de função que possivelmente incorre em infração por sobrecarregar os que ficam. Submetem a população a uma assistência de pior qualidade, que agrava risco de morbimortalidade”, reforça o vice-presidente do Sindmed-AC.

Segundo ele, a questão relacionada ao déficit de profissionais no quadro da unidade gera furos na escala e aumenta o risco de adoecimento e de insatisfação da categoria pelas precárias condições de trabalho que é obrigada a suportar. “A estrutura física do hospital é imensa, mas pouco aproveitada por falta de pessoal. Existe um tomógrafo que ainda está na embalagem. A empresa que iniciou a montagem parou por falta de pagamento”, encerra Santiago.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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