O escritor cronista e jornalista mineiro Zuenir Ventura completa 90 anos no dia 1º de junho. Em 2014, ele foi eleito para ocupar a cadeira 32 na ABL. Zuenir é bacharel e licenciado em letras neolatinas, jornalista, ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Escola Superior de Desenho Industrial, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele é autor dos livros 1968: O Ano que não Terminou, Cidade Partida e Sagrada Família.
Nascido em Além Paraíba (MG), Zuenir Ventura radicou-se no Rio de Janeiro no começo dos anos 1950, quando chegou à capital para fazer faculdade. Ao longo das décadas, ele testemunhou e relatou episódios da história do Rio, além de ter escolhido a cidade como cenário para várias de suas obras.
O cronista carioca tem quase 70 anos de carreira, com passagens por jornais como Tribuna da Imprensa, do Jornal do Brasil e revistas como Visão e Veja, entre outros veículos, em um dos momentos de maior efervescência do jornalismo carioca. A longa trajetória fez do mineiro Zuenir um dos grandes especialistas na história do Rio de Janeiro. Não à toa, ele elegeu a cidade como cenário de livros que escreveu, como : “1968 – o ano que não terminou” e “Cidade partida”, que ganhou o Prêmio Jabuti de 1995.
Da obra literária de Zuenir Ventura – membro da Academia Brasileira de Letras desde 2015 – também fazem parte títulos como “Minhas histórias dos outros”, que saiu originalmente em 2005 e agora é relançado agora em sua versão revisada e ampliada. O livro, que traz suas memórias, serviu de guia para sua participação na série “Depoimentos Cariocas”.
Em dezembro de 1988, Ventura chega ao Acre para a cobertura jornalística do assassinato de Chico Mendes. Vinte anos depois, o livro “Chico Mendes – Crime e Castigo” (Companhia das Letras), que reúne as reportagens escritas por Zuenir a respeito do maior líder ambientalista que o Brasil já teve, continua atual. O livro de Zuenir Ventura é dividido em três partes.