Em Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) na quarta-feira, 26, os profissionais da categoria decidiram por uma paralisação geral em conjunto com todos os trabalhadores da Saúde no estado a partir do dia 14 de junho. A decisão foi tomada devido às sucessivas recusas de tratativas de reajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) por parte do Governo do Estado e diversos outros problemas que afetam todos os empregados da área.
A proposta com o movimento é chamar a atenção da sociedade sobre os empecilhos que comprometem a qualidade do atendimento nas unidades públicas, além de pressionar os gestores a implementar as melhorias necessárias. Outras reivindicações são a recomposição das perdas inflacionárias, o pagamento retroativo do adicional Covid-19 de dezembro de 2020 , a gratificação de 20% de insalubridade até a regularização do novo LTCAT, fornecimento de insumos necessários para o exercício profissional e concurso público.
Também faz parte dos pedidos a convocação dos membros aprovados nos cadastros de reserva dos concursos de 2013 e 2014, elaboração de laudo técnico para embasar o pagamento da insalubridade e outros. Presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici afirma que as diversas pautas de reivindicações dos médicos e outros profissionais da Saúde sequer foram analisadas pelos membros da administração pública. Ele garante que os atendimentos de urgência, emergência e Covid-19 serão mantidos no ato.
“Apesar do diálogo, nenhuma das nossas demandas foram atendidas. Aliás, nem sequer foram analisadas. Protelar parece regra dentro da Secretaria de Saúde. Mesmo nos unindo aos demais sindicatos e apresentando pautas coletivas, a morosidade continua. Não há nenhuma resposta, nem provisória. Em plena pandemia, é inadmissível o governo não fazer nada pela nossa área. Perdemos vários colegas para a Covid-19 e a valorização precisa ser feita de forma concreta”, enfatizou o presidente.
Segundo Pulici, representantes da Secretaria de Saúde comprometeram-se a dialogar com todas as entidades representativas do setor no dia 10 de junho. Entretanto, a deliberação de parar os trabalhos no dia 14 não será alterada pelo encontro. Outros sindicatos como os dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), dos Profissionais Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Spate), dos Enfermeiros (SEE-AC) e dos Odontologistas (Sinodonto) já mobilizam suas respectivas categorias para a paralisação.
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