Em ato conjunto realizado na segunda-feira, 24, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) e outras oito entidades representativas informaram à população sobre os motivos da proposta de paralisação geral de todos os profissionais da Saúde no estado a partir do dia 14 de junho. A decisão veio após seguidas recusas de tratativas amigáveis para reformar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR), já que o governo protelou de forma reiterada e injustificada as negociações. A proposta é iniciar o movimento paredista para chamar a atenção da sociedade e dos gestores.
Entre as reivindicações não atendidas estão a recomposição das perdas salariais pela inflação, a correção da tabela do PCCR, o pagamento retroativo de dezembro de 2020 do adicional Covid-19, a gratificação de 20% de insalubridade até regularização de novo LTCAT e concurso público. Participaram do ato realizado na sede do Sindmed-AC os representantes dos sindicatos dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), dos Profissionais Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Spate), dos Enfermeiros (SEE-AC), dos Odontologistas (Sinodonto) e dos Biomédicos (Sinbiomed).
O presidente do Sindicato dos Médicos, Guilherme Pulici, afirma que o governo parece não ter interesse no avanço das negociações, mostrando a falta de compromisso da administração com os trabalhadores.
“Exemplo disso é a ausência de concurso público para todas as categorias da Saúde. Também há a questão da aposentadoria especial; criamos uma Comissão Especial para regulamentar essa prerrogativa no estado, pedido de atualização do laudo técnico que dá embasamento ao adicional de insalubridade, regularização dos profissionais considerados irregulares e diversas outras questões que precisam ser resolvidas para dar mais dignidade aos profissionais”, diz o presidente.
Todos os sindicatos já articulam com seus respectivos associados a designação de Assembléia Geral Extraordinária para deliberar sobre a paralisação geral. Pulici garante que todas as associações estão abertas para o diálogo amigável. “Mas estamos firmes e unidos em relação a essas propostas. Essa medida está sendo tomada porque ninguém da Sesacre sequer apreciou as pautas apresentadas por nós no início deste mês. Nosso ato será consciente e a população não ficará desassistida”, garante ele, que confirmou a manutenção de 100% dos serviços de atendimento para os pacientes infectados pelo coronavírus (Covid-19).
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