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Estudantes de comunidades rurais recebem ensino remoto em Rio Branco

A educação à distância foi a solução adotada pelas instituições de ensino em resposta ao bloqueio total provocado pela pandemia do coronavírus, mas como fazer isso em lugares onde o acesso à internet é limitado e até mesmo o sinal de telefone é precário?

O ensino remoto emergencial é desafiador mesmo em condições favoráveis de infraestrutura. Na zona rural, com a ausência de conexão ou lentidão da internet, falta de contato frequente entre alunos e escolas, distancia para entregar materiais impressos e a rotina das famílias no campo, as dificuldades são ainda maiores.

De acordo com José Damião, pai de aluno, o clima é de incerteza nas regiões rurais. “É uma situação complicada. No início pensávamos que a paralisação seria temporária. Mas com o avanço da pandemia a suspensão foi prorrogada”, relata Damião.

A rotina na Escola Rural Luiza de Lima Cadaxo, localizada no Polo Agroflorestal Hélio Pimenta, Km19, Estrada de Porto Acre, tem sido uma verdadeira operação na procura pelos alunos da unidade escolar. Professores realizam a busca ativa na tentativa de evitar o aumento da evasão durante a pandemia.

Por meio desta busca ativa, os professores conseguem identificar qual a dificuldade do aluno e levam os materiais impressos. O estudo remoto é muito baixo.

Segundo a professora Valéria Bernardo, são nas visitas que se estabelece a comunicação com as famílias. “Eles ficam bem surpresos e até se emocionam em ver que a escola tem uma preocupação em saber o que acontece na vida e na casa deles”, comentou a professora.

O professor Erenildo Costa de Freitas percorre os ramais na moto ou a pé para entregar as atividades impressas aos alunos. É uma missão quase que diária, pois não há acesso à internet na localidade. Ele descreve o difícil trabalho do ensino remoto numa escola rural da rede municipal de ensino.

“Sou professor da Escola Rio Branco da Capela que fica na Estrada Transacreana, Km 100. Aqui o sinal de internet é inexistente. A escola faz a entrega das atividades de porta em porta. Levamos o dia inteiro fazendo esse trabalho de formiguinha, para não deixar nossas crianças sem estudar. A Secretaria Municipal de Educação (Seme) nos dá todo o suporte pedagógico necessário. Não importa como nos deslocamos para realizar todo esse trabalho, o esforço é grande, vamos a pé, de moto, carona e a cavalo. Só vamos”, finaliza o professor.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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