Na manhã desta quinta-feira, 20, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio da Vigilância Epidemiológica do Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), ofereceu um curso aos servidores do hospital voltado para o atendimento do público do movimento político e social que defende a diversidade e busca mais representatividade e direitos para a comunidade, o LGBTQIA+. O curso foi realizado em parceria com Ministério Público do Acre (MPAC).
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Hosmac, Izanir Maria da Silva afirma que unidade já tinha o interesse em realizar a ação e aproveitou a Semana da Enfermagem, que é do dia 12 ao dia 20 de maio, para contemplar os servidores com uma capacitação que será de grande utilidade pra eles e para unidade.
“Nós temos um público bem diferenciado aqui no Hosmac, e que acaba sendo vulnerável duas vezes, por transtornos mentais e pela parte de gênero, e como temos recebido bastante desse publico no hospital, vimos a necessidade de capacitar os profissionais de como lidar com eles. Assim, envolvemos servidores da enfermagem, médicos, psicólogo, assistente social e algumas pessoas do administrativo”, enfatizou a coordenadora.
A ideia surgiu no início da pandemia, quando houve um aumento do número de suicídios e violências no ano 2020. Dessa forma, surgiu a necessidade de saber como lidar com o novo cenário.
Para a assistente administrativa do Ministério Público, Rubby Rodrigues, esse tipo de trabalho visa capacitar e conscientizar os servidores da saúde do Estado quanto ao atendimento qualificado e orientado à população LGBT, usuária desse serviço, além de abordar sobre as leis que agora criminaliza a LGBTfobia.
“O foco foi um atendimento qualificado, para que o próprio servidor seja consciente da Lgbtfobia, que hoje não é apenas mais um crime, qualquer pessoa pode responder criminalmente por ele. Dessa forma, estamos conscientizando os servidores sobre o respeito e as consequências da falta dele”, afirma Rubby Rodrigues.
Também presente na palestra, a chefe do Núcleo de Vigilância de Violências e Acidentes/DVE/DVS, Carla Amorim, destacou sobre os encaminhamentos adequados de pessoas em situação de violência para a rede de proteção e para garantia dos direitos, e o respeito quanto ao atendimento das pessoas que procuram a unidade, principalmente os mais vulneráveis a sofrerem algum tipo de violência, como a população LGBT, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, indígenas e portadores de deficiência.
“As ações estão sendo voltadas para a capacitação de profissionais de saúde, por meio de diversas oficinas técnicas de sensibilização que vem chamando a atenção sobre a importância do acolhimento da abordagem, da identificação daquela violência, da notificação, e o encaminhamento adequado de pessoas em situação de violência para a rede de proteção e para garantia dos direitos. Após a capacitação, os profissionais estarão aptos a receber os usuários de forma integral e com mais qualidade”, ressaltou Carla Amorim.
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