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Trabalhador voluntário na Justiça do Acre; veja como participar

O trabalho voluntário pode ser uma maneira de ajudar uma instituição que você admira, de aprender sobre o serviço público ou até mesmo uma forma de não permanecer parado depois da aposentadoria com tantos conhecimentos acumulados ao longo da vida.

É doação e é qualificação. Uma oportunidade dos mais antigos compartilharem saberes com as gerações mais novas e essas, por sua vez, aprenderem os a interagir no serviço público ou a lidar com a população, que demanda cada vez mais a prestação de serviços de qualidade.

O Tribunal de Justiça do Acre tem, desde 2015, seu próprio programa de voluntariado dirigido a pessoas já graduadas, bem como a acadêmicos do nível superior. A carga horária varia de 4 a 20 horas semanais.

Lilian Alcântara, 22, acadêmica do Curso de Direito, encontrou no trabalho voluntário uma forma de continuar aprendendo, mesmo com a suspensão, devida à pandemia, das aulas presenciais no município de Sena Madureira, onde vive, localizado a cerca de 140 quilômetros de Rio Branco.

“É muito gratificante e é de uma responsabilidade extrema, porque o acadêmico tem a noção de como as coisas acontecem na prática; e é por esse processo que a gente tá passando aqui, no estágio voluntário. Em tempos de pandemia, a gente além de precisar ter as aulas no formato online, está sem uma base sólida na prática. Mas com o estágio disponibilizado pelo TJ, a gente tem essa base. Gratidão, somente gratidão ao TJ”, disse a acadêmica.

Essa também é a opinião de Luisvaldo Rodrigues, 21, que pratica o voluntariado na Vara Cível de Sena Madureira e considera a experiência seu “pontapé inicial” no Judiciário.

“Como eu estou no 5º período, eu ainda estou, vamos dizer, nos passos iniciais. Quando eu vi que havia essas vagas de estágio voluntário disponíveis, eu já agarrei logo a oportunidade. Eu não havia feito nenhum estágio ainda. Eu pensei, essa vai ser minha porta de entrada no mundo jurídico. E a experiência está sendo uma coisa totalmente nova pra mim”, falou.

Para a juíza de Direito Adimaura Souza da Cruz, aderir a um programa de voluntariado é, antes de tudo, “uma forma de compartilhar conhecimentos”, entre várias outras coisas.

“Para aqueles que estão começando, o voluntariado, além de dar as primeiras noções de como o Judiciário é, na prática, também possibilita que o voluntário preencha seu currículo com este primeiro aprendizado, abrindo-lhe portas no mercado de trabalho. (…) Eu mesma comecei como voluntária no TJAC. (…) O diretor de Secretaria da unidade, Joaquim Meireles, começou também desta mesma forma. No caso daqueles que já se aposentaram, o voluntariado, além de possibilitar que a experiência por eles adquirida seja partilhada, também é uma maneira de se sentirem úteis, prestando serviços à sociedade. Afinal, como já dizia o poeta ‘a vida é um eterno aprendizado’.”

“Vale a pena. Eu faria tudo outra vez”

O hoje aposentado juiz de Direito Marcelo Badaró encontrou no voluntariado uma forma de ir além do mero exercício da jurisdição e levar esperança para detentos do sistema prisional.

Desde quando ainda estava na magistratura, ele se já se reunia com apenados que desejavam participar de conversas sobre espiritualidade, evolução e mudanças no estilo de vida, como voluntário em outro órgão do chamado sistema de Justiça, o IAPEN AC. A aposentadoria chegou, mas o voluntariado não parou. Atualmente o juiz de Direito aposentado conversa, uma vez por semana, com homens e mulheres que respondem perante a Lei Maria da Penha. Um trabalho que continua a buscar a pacificação da sociedade. Desta vez, atuando em um voluntariado voltado, em última análise, principalmente às famílias e aos lares.

“Esse tipo de trabalho requer um certo desprendimento, doação e uma boa dose de compromisso pessoal, pois os desafios a serem superados são grandes! Existe muita dor e sofrimento entre as pessoas, que, por sua vez, precisam de um olhar humanitário e espiritual. Sem esse tipo de ajuda, muitos não conseguem sequer nutrir a expectativa de superar as próprias dificuldades (…)  que lhes causam constrangimentos de toda natureza”, disse.

Perguntado se o voluntariado é uma boa opção para aposentados que sentem que ainda podem contribuir com a sociedade ou para aqueles que não se adaptaram bem ao estilo de vida na aposentadoria, Marcelo Badaró respondeu: “se eu pudesse dizer algo a essas pessoas, sejam elas religiosas ou não, diria o seguinte: vale a pena; eu faria tudo outra vez”.

O trabalho voluntário pode ser uma maneira de ajudar uma instituição que você admira, de aprender sobre o serviço público ou até mesmo uma forma de não permanecer parado depois da aposentadoria com tantos conhecimentos acumulados ao longo da vida.

É doação e é qualificação. Uma oportunidade dos mais antigos compartilharem saberes com as gerações mais novas e essas, por sua vez, aprenderem os a interagir no serviço público ou a lidar com a população, que demanda cada vez mais a prestação de serviços de qualidade.

O Tribunal de Justiça do Acre tem, desde 2015, seu próprio programa de voluntariado dirigido a pessoas já graduadas, bem como a acadêmicos do nível superior. A carga horária varia de 4 a 20 horas semanais.

Lilian Alcântara, 22, acadêmica do Curso de Direito, encontrou no trabalho voluntário uma forma de continuar aprendendo, mesmo com a suspensão, devida à pandemia, das aulas presenciais no município de Sena Madureira, onde vive, localizado a cerca de 140 quilômetros de Rio Branco.

“É muito gratificante e é de uma responsabilidade extrema, porque o acadêmico tem a noção de como as coisas acontecem na prática; e é por esse processo que a gente tá passando aqui, no estágio voluntário. Em tempos de pandemia, a gente além de precisar ter as aulas no formato online, está sem uma base sólida na prática. Mas com o estágio disponibilizado pelo TJ, a gente tem essa base. Gratidão, somente gratidão ao TJ”, disse a acadêmica.

Essa também é a opinião de Luisvaldo Rodrigues, 21, que pratica o voluntariado na Vara Cível de Sena Madureira e considera a experiência seu “pontapé inicial” no Judiciário.

“Como eu estou no 5º período, eu ainda estou, vamos dizer, nos passos iniciais. Quando eu vi que havia essas vagas de estágio voluntário disponíveis, eu já agarrei logo a oportunidade. Eu não havia feito nenhum estágio ainda. Eu pensei, essa vai ser minha porta de entrada no mundo jurídico. E a experiência está sendo uma coisa totalmente nova pra mim”, falou.

Para a juíza de Direito Adimaura Souza da Cruz, aderir a um programa de voluntariado é, antes de tudo, “uma forma de compartilhar conhecimentos”, entre várias outras coisas.

“Para aqueles que estão começando, o voluntariado, além de dar as primeiras noções de como o Judiciário é, na prática, também possibilita que o voluntário preencha seu currículo com este primeiro aprendizado, abrindo-lhe portas no mercado de trabalho. (…) Eu mesma comecei como voluntária no TJAC. (…) O diretor de Secretaria da unidade, Joaquim Meireles, começou também desta mesma forma. No caso daqueles que já se aposentaram, o voluntariado, além de possibilitar que a experiência por eles adquirida seja partilhada, também é uma maneira de se sentirem úteis, prestando serviços à sociedade. Afinal, como já dizia o poeta ‘a vida é um eterno aprendizado’.”

“Vale a pena. Eu faria tudo outra vez”

O hoje aposentado juiz de Direito Marcelo Badaró encontrou no voluntariado uma forma de ir além do mero exercício da jurisdição e levar esperança para detentos do sistema prisional.

Desde quando ainda estava na magistratura, ele se já se reunia com apenados que desejavam participar de conversas sobre espiritualidade, evolução e mudanças no estilo de vida, como voluntário em outro órgão do chamado sistema de Justiça, o IAPEN AC. A aposentadoria chegou, mas o voluntariado não parou. Atualmente o juiz de Direito aposentado conversa, uma vez por semana, com homens e mulheres que respondem perante a Lei Maria da Penha. Um trabalho que continua a buscar a pacificação da sociedade. Desta vez, atuando em um voluntariado voltado, em última análise, principalmente às famílias e aos lares.

“Esse tipo de trabalho requer um certo desprendimento, doação e uma boa dose de compromisso pessoal, pois os desafios a serem superados são grandes! Existe muita dor e sofrimento entre as pessoas, que, por sua vez, precisam de um olhar humanitário e espiritual. Sem esse tipo de ajuda, muitos não conseguem sequer nutrir a expectativa de superar as próprias dificuldades (…)  que lhes causam constrangimentos de toda natureza”, disse.

Perguntado se o voluntariado é uma boa opção para aposentados que sentem que ainda podem contribuir com a sociedade ou para aqueles que não se adaptaram bem ao estilo de vida na aposentadoria, Marcelo Badaró respondeu: “se eu pudesse dizer algo a essas pessoas, sejam elas religiosas ou não, diria o seguinte: vale a pena; eu faria tudo outra vez”.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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