Cidades

Nawa: a resistência de um povo no extremo oeste do Acre

Por

Tarisson Nawa

Abril é um mês de intensa mobilização social e política dos povos indígenas no Brasil. É pensando na continuidade das lutas dos povos indígenas – que extrapolam um único mês e é vivenciada por eles todos os dias do ano – que, nessa edição, iremos abordar outro povo habitante da cidade de Mâncio Lima: o povo Nawa.

Como muitos acreditam e erroneamente se posicionam, o povo Nawa não é um povo “ressurgido”; eles sempre estiveram presentes e atuantes na formação social, política e econômica de Mâncio Lima. Os Nawa são anteriores à formação do município: os primeiros relatos do povo Nawa datam do século XIX e, de lá para cá, os indígenas vivenciaram diferentes processos históricos e culturais para continuarem vivos e ativos na formação da cidade onde hoje habitam.

A história de Mâncio Lima é marcada pela fundação de vários seringais que, ao se instarem na região, perseguiam, capturavam e escravizavam os indígenas como mão de obra para extração da seringa. As estradas de seringa eram de profundo conhecimento dos indígenas e estes foram os principais vetores de uma economia que enriqueceu cidades vizinhas, capitais e países europeus, na medida em que borracha era exportada para mercados britânicos no período de industrialização crescente.

Antes da formação e municipalização da antiga Vila Japiim [atualmente Mâncio Lima], os Nawa já haviam passado por diversas migrações que ocorreu com a fuga do povo da região de Cruzeiro do Sul, passando por Rodrigues Alves e se instalando onde hoje reivindicam seu território ancestral, no Parque Nacional da Serra do Divisor.

As narrativas de origem do povo Nawa incluem o período de intensas violências. O fogo – como é recordado pelos mais velhos – causou o incêndio das malocas dos seus antigos parentes, o que obrigou as migrações e fuga.

Período da Borracha

A história de Mâncio Lima é marcada pela fundação de vários seringais que, ao se instarem na região, perseguiam, capturavam e escravizavam os indígenas como mão de obra para extração da seringa. As estradas de seringa eram de profundo conhecimento dos indígenas e estes foram os principais vetores de uma economia que enriqueceu cidades vizinhas, capitais e países europeus, na medida em que borracha era exportada para mercados britânicos no período de industrialização crescente.

Antes da formação e municipalização da antiga Vila Japiim [atualmente Mâncio Lima], os Nawa já haviam passado por diversas migrações que ocorreu com a fuga do povo da região de Cruzeiro do Sul, passando por Rodrigues Alves e se instalando onde hoje reivindicam seu território ancestral, no Parque Nacional da Serra do Divisor.

As narrativas de origem do povo Nawa incluem o período de intensas violências. O fogo – como é recordado pelos mais velhos – causou o incêndio das malocas dos seus antigos parentes, o que obrigou as migrações e fuga.

Publicado originalmente no portal da Prefeitura de Mâncio Lima

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Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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