Divulgado nesta 1a semana de abril, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil indica que acima de 10% da população acreana tinham pouco ou quase nada para comer em 2020, ano em que a pandemia se instalou no Estado.
O Acre, bem como as demais regiões do País, vinha saindo dos casos mais profundos de miséria, quando entre 4 e 10% sofria de insegurança alimentar, mas a situação se viu agravada no ano passado.
O inquérito foi produzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), organização criada em 2012 que congrega pesquisadores estudantes e profissionais de todo o país na forma de uma rede de pesquisa e intercâmbio independente e autônoma em relação a governos, partidos políticos, organismos nacionais e internacionais e interesses privados.
Segundo a Rede Penssan, o inquérito nacional baseou-se em amostra probabilística de 2.180 domicílios, representativa da população geral brasileira, considerando as cinco grandes regiões do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste) e a localização dos domicílios (áreas urbanas e rurais).
A crise econômica ganhou impulso negativo maior em 2020 com o advento da pandemia, apesar da permanência de alguns programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, e a criação do auxílio emergencial com o objetivo de mitigar os efeitos da pandemia sobre o emprego e renda.
No Acre, o governo atua para conter o avanço da fome e, por meio do sistema de assistência social, já distribuiu mais de 10.000 marmitas de comida na região de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, além de sacolões e outras providências.
Em breve, será lançado o cartão de R$150 para famílias excluídas de outros benefícios sociais. O dinheiro deve ser usada para comprar alimentos.
Acesse os resultados do inquérito da Rede Penssan aqui http://olheparaafome.com.br/VIGISAN_Inseguranca_alimentar.pdf