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Se os mortos pela Covid-19 e as flores depositadas em seus túmulos pudessem falar, o que diriam? Antes, porém, é preciso saber as últimas palavras dos que são intubados nas UTIS.

Segundo relatos de médicos e enfermeiros, a pessoa é informada de seu estado crítico. É lhe dada a oportunidade de dizer alguma coisa. Momento eterno em que a vida é sintetizada em breves palavras, sussurros, olhares e gestos. Corações compungidos. O tempo agora é infinito, eterno, porque segundos, minutos e horas não importam mais.

Sempre há algo a ser feito nessa vida. Algo inacabado. A palavra, o abraço, o beijo, a visita ao amigo, o pedido de desculpas. Sentimentos encarcerados no peito, aprisionados pelas paredes de uma UTI.

“Não me deixem morrer”! Digam a eles: “Pai, mãe, irmãos me perdoem”; “Eu tenho um filho pequeno, não quero morrer”; “Eu te amo, mãe”; “Eu te amo, pai”; “Eu te amo, minha filha”…

Frases ditas entre olhares angustiados. Ah, se pudéssemos voltar no tempo e mudar tudo. Deus, só queremos uma nova oportunidade de fazer tudo diferente. Às vezes é muito tarde, tarde demais para os que se vão na jornada eterna.

Se os mortos pudessem falar eles diriam: “Família está tudo bem, fiquem tranquilos, está tudo bem”, “não sofram por nossa causa”, “a vida é assim”, “aqui há muitas moradas”.

E, se as flores depositadas em seus túmulos falassem pelo perfume que exalam, diriam: “Descansem em paz, nós os perdoamos, sentimos muitas e muitas saudades porque amamos muito vocês pai, mãe, filho, avô, avó, tia, tio, primo, prima, amigos, nos perdoem também…até um dia!

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (Paulo, em uma carta escrita aos cristãos de Corinto)

PS: À todos aqueles que perderam parentes e amigos para a Covid-19, todo o amor do mundo. O amor de Cristo!

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