FALA-SE muito em candidaturas ao governo na eleição estadual do próximo ano, mas tão importante e tão renhida deverá ser a disputa pela única vaga para o Senado. Alguém já disse que chegar ao Senado é chegar ao paraíso celeste. Onde tem de tudo, menos anjos.
A vaga que estará em jogo no grupo palaciano é a da senadora Mailza Gomes (PP). Este é um abacaxi que vai cair no colo do governador Gladson Cameli, porque a briga no seu grupo será em torno de ser incluído na sua chapa como o seu candidato a senador. Estão nesta lista do desejo a senadora Mailza Gomes (PP), o deputado federal Alan Rick (DEM), o deputado federal Flaviano Melo (MDB) e a deputada federal Jéssica Sales (MDB), sem falar dos de menor projeção política.
Se o senador Sérgio Petecão (PSD) for disputar o governo, abre-se uma outra vaga na sua chapa. Sem falar que, é certo de que o PT virá com a candidatura do ex-senador Jorge Viana (PT). A saber também, se o PSOL, que vem formando um grupo experiente de novos filiados no partido, também terá aspiração pela almejada vaga. Enquanto seu lobo não vem, o quadro não se definirá.
Uma coisa é certa neste cenário de muita cobiça: é muita boca para um único pirão.
PAPEL PARLAMENTAR
QUANDO O DEPUTADO FEDERAL Léo de Brito (PT) questiona a legalidade da contratação de mídia sem licitação pelo prefeito Tião Bocalom, exerce o seu papel de oposição. E, os órgãos de controle que digam se é legal ou não.
OUTRO CONTEXTO
O TIÃO BOCALOM, nas últimas décadas; cumpriu a rotina política de criticar o PT, era baladeira; no poder virou vidraça, e deve encarar como normais todas as críticas.
AO JV, O QUE É DO JV
NÃO CRITICO o político pela cor partidária, mas pelo perfil. Não tenho afinidade com o PT, mas tenho de reconhecer que, quando prefeito de Rio Branco, o Jorge Viana mudou a cara da cidade, que antes era um favelão.
CENA DO INFERNO
QUANDO se cruzava a ponte “Coronel Sebastião Dantas” a cena que se via antes do JV era um inferno, casebres de palafitas, botecos, urbanizou e virou um cartão-postal.
SÓ OS DIAMANTES SÃO ETERNOS
MAS, na política nada é eterno, depois de duas décadas no poder veio a acomodação, a empáfia de que podiam eleger um poste a hora que entendessem, vieram os escândalos nacionais, a lava-jato, somou-se o que se chama de “fadiga de material”, e o povo quis mudar. O PT esqueceu que, ninguém é dono de voto; e eternos, só os diamantes. E, o final foi a derrota que todos conhecem.
HORA DE MONTAR UM TIME
NÃO É HORA de uma grande discussão política sobre 2022, nada é mais importante hoje que o combate à pandemia, mas acho que o Gladson devia dar mais poder político ao presidente da ALEAC, deputado Nicolau Júnior (PP), para ir amarrando acordos para o próximo ano.
O LEGISLATIVO TEM SEUS HUMORES
COMO DEPUTADO, Nicolau Júnior (PP) conhece os humores do Legislativo, porque além de parlamentar, é quem comanda a Casa, e sabe onde levar a conversa.
TRABALHO CONJUNTO
É UM TRABALHO que deveria ser afinado com o Gabinete Civil e seus assessores, não se faz política de modo disperso. O tempo avança para o último ano de mandato.
SEMPRE TEM AS LIMITAÇÕES
O governo agiu certo ao escolher o deputado Pedro Longo (PV) como o seu líder na ALEAC, por ser respeitado e do diálogo, mas como todos que ocupam a função tem o limite de não ter a caneta azul, para viabilizar pleitos.
MELHOR DEIXAR SE ACERTAREM
NESTA QUESTÃO do puxe e encolhe dentro do MDB, o melhor caminho ao governador Gladson é deixar que as lideranças do partido tirem uma posição conjunta sobre o que querem de fato, o convite para a aliança já foi feito.
PROVADO E COMPROVADO
POR TUDO o que já aconteceu até aqui ficou provado e comprovado que o MDB não tem comando único, e sem o consenso dos seus grupos, um acordo sai incompleto.
ESTRANHO NO NINHO
O SENADOR MÁRCIO BITTAR (MDB, por exemplo, não tem o protagonismo que pelo cargo devia ter dentro do MDB, é uma espécie de estranho no ninho; e se for para o bico do lápis, o Pádua Bruzugu tem mais força do que ele.
SEMPRE COMPLICADO
POR CONTA de tudo isso é sempre complicado negociar com o MDB, porque exige uma conversa com várias alas.
VICE É COMO CASAMENTO
O GOVERNADOR GLADSON CAMELI nunca acertou no ponto político como agora, ao dizer que, o seu vice será escolhido por ele. A escolha do vice é como casamento, não se pode errar. Ou se dorme quatro anos com o inimigo.
COMPONENTE DO FUTURO
HÁ UM COMPONENTE de futuro na escolha do vice. Se Gladson for reeleito, por certo em 2026 deverá disputar uma cadeira de senador, e terá que se afastar para concorrer, daí a importância de ter um vice fiel.
PONTO SACRAMENTADO
NÃO TENHO nenhuma dúvida que a prefeita Fernanda Hassem disputará um mandato de deputada federal no próximo ano. A única dúvida é se será pelo PT ou não.
FORÇA E FÉ
O BLOG deseja ao vice Rocha e sua esposa, contaminados pelo Covid, uma pronta recuperação da saúde. Força e fé.
NEM A PAU, JUVENAL!
NÃO APOSTEM numa candidatura do Marcus Alexandre (PT) ao governo no próximo ano, porque vão perder. Deve buscar um mandato na ALEAC, parada mais light.
PEDRAS NA MESA
O SENADOR Petecão (PSD) tem agido como um político maduro nesta questão da sucessão estadual. Sem saber o cenário de 2022, não pode fazer uma leitura correta dos prós e os contras de uma candidatura ao governo.
TRABALHO MERITÓRIO
ALÉM de sua ação como médico, o deputado Jenilson Lopes (PSB) tem feito um trabalho meritório na pandemia, de distribuir máscaras e uma campanha de prevenção, prevenir é o caminho para não adoecer.
VAI PARA O SEGUNDO TURNO
MESMO como responsável pelo país, não ter feito uma vacinação em massa, brincar de piadas com o Covid, ser um negacionista da ciência, ainda assim, dificilmente, o Bolsonaro não vai ao segundo turno na eleição de 2022.
DIREITA EXTREMADA FIEL
BOLSONARO conseguiu juntar uma extrema direita cega que lhe é fiel, fanáticos religiosos, e se amanhã dizer que seremos invadidos por marcianos, todos vão acreditar.
OU SE JUNTAM OU PERDEM
OU AS OUTRAS forças políticas se juntam em torno de uma candidatura, ou vamos ter que aguentar mais quatro anos de Bolsonaro na presidência. Não há alternativa.
FRASE MARCANTE
“Todo político em busca da reeleição é um animal perigoso”. Julio Maria Sanguinetti, ex-presidente do Uruguai.