NADA justifica os atos violentos acontecidos ontem contra inofensivos garis, atacados pelas forças policiais com spray de pimenta. A PM jamais deveria ter sido chamada, para isso existe um canal chamado diálogo. Polícia, para quem precisa de polícia! Na gestão dos prefeitos petistas esta cena foi varrida da prática na relação com os trabalhadores.
O caso nunca foi de polícia, o caso é de gestão. O que tinham eram pais de famílias numa manifestação pacífica querendo receber dois meses de salários atrasados. Estão passando fome! Numa pandemia! Prestaram serviço debaixo de sol e de chuva, não estão querendo nenhum favor, apenas receber os salários, é preciso desenhar senhores da PMRB? Acredito na honestidade da ex-prefeita Socorro Neri, que não atrasou um dia o pagamento destes trabalhadores.
Se querem colocar em discussão a legalidade do pagamento, que o façam de forma transparente nos meios judiciais, abram os documentos numa coletiva para a imprensa. O que falta na prefeitura é alguém com tato político, a prefeitura se comunica mal.
Aliás, se comunica muito mal. Imagine se qualquer divergência entre a prefeitura e fornecedores for ter que se chamar a polícia! Não sei que secretário teve a péssima iniciativa de chamar a polícia para resolver um simples ato administrativo, mas a carga desabou no colo do prefeito Tião Bocalom, que está apanhando como nunca na rede social, nos grupos de zap, nos depoimentos de garis, populares, ex-prefeitos, e a emenda saiu pior que o soneto. Este assunto era para ter sido resolvido internamente nos primeiros dias da gestão, mas deixaram rolar até virar a confusão que virou.
Uma coisa é certa: o desgaste foi todo computado para a imagem do prefeito Tião Bocalom, como uma bola de neve ladeira abaixo. Na política, um ato, pode desmoronar a imagem de qualquer administrador.
Com dezenas de anos na política, alguém que já foi prefeito, como o Bocalom, este já deveria ter aprendido esta lição. Os tempos são outros!
REAÇÃO EM CADEIA
A REAÇÃO contra a cena degradante veio em cadeia dos vereadores, de políticos sem mandato, do povão, e não se trata de tirar proveito de uma situação, mas de mostrar repulsa a um ato brutal, sob todos os aspectos.
SEM TEMER
O VEREADOR Arnaldo Barros agiu como deve agir alguém que foi eleito para representar o povo, esteve presente durante toda a confusão filmando os acontecimentos, material que por certo será requisitado pelo MP.
COLOQUEM NO CARRO DE COMPRAS
OS SENHORES QUE ESTÃO fazendo as contas dos supostos lucros que deixaram de registrar nos dois dias de lockdown, não deixem de colocar nas suas somas que, estamos no auge de uma pandemia, sem leitos de UTI, transferindo pacientes para outros estados, sem vagas nos hospitais e 1.129 pessoas mortas pela Covid. Certo?
ERRO DE ESTRATÉGIA
O GOVERNO não deveria ter emitido nenhuma nota sobre o que aconteceu ontem com os Garis. Não se coloca no próprio colo um problema que não lhe pertence.
CONFESSO EU NÃO VI
TENHO muito tempo de caminhada, mas confesso que nunca vi um gestor perder grande parte do capital conquistado na eleição, com menos de 100 dias, como acontece com o prefeito Tião Bocalom. Uma pena, para quem lutou dezenas de anos para chegar na PMRB.
CAMINHO ERRADO
NÃO ADIANTA tentarem pegar a ex-prefeita Socorro Neri pelo lado da improbidade administrativa, se tem um campo no qual não tem mácula é no da gestão da PMRB.
ACABA RESPINGANDO
O SENADOR Petecão (PSD) precisa ter uma conversa política com o prefeito Tião Bocalom, porque a imagem na população é a de que ele, foi o seu principal mentor na campanha. Petecão precisa dizer a ele que, não se resolve problemas da gestão na pancada, mas no diálogo.
NÃO ESCUTA
NÃO SEI NEM se o Bocalom vai escutar o senador Sérgio Petecão (PSD), porque ele costuma não ouvir ninguém.
NÃO É PARA SE ANIMAR
NÃO É PARA SE ANIMAR com a troca do Ministro de Saúde, Eduardo Pazuello, porque o governo federal é comandado por um negacionista, e que reage a qualquer tentativa de seguir o que preconiza a ciência. Só dará certo se o novo ministro tiver total liberdade de ação.
JOGO DA POLÍTICA
OS POSICIONAMENTOS do ex-senador Jorge Viana, da ex-prefeita Socorro Neri, do ex-prefeito Marcus Alexandre, sobre o episódio lamentável com os Garis, não foi oportunismo; na política, erro de adversário é pauta de comentário.
VIROU UMA BRINCADEIRA!
O FURTO de fios de cobre da iluminação pública virou rotina, uma brincadeira para os ladrões mequetrefes. Temos poucos pontos de compra do produto, é só a polícia ir para cima que chegará fácil ao receptador.
SEGUNDO TURNO
PELO NATURAL grande número de candidatos a presidente, não é demais imaginar que, por ter uma ala que lhe é fiel, o Bolsonaro deverá estar no segundo turno.
É O SEU PROBLEMA
DEPENDENDO DE QUEM chegará com ele no segundo turno é que começará o seu pesadelo, as pesquisas têm mostrado que vai mal em vários cenários do turno final.
NADA A VER
A DEPUTADA federal Perpétua Almeida (PCdoB) extrapola quando promete denunciar no MP o governador e o prefeito no caso dos Garis. O caso é adstrito à PMRB.
NÃO TEM NOME
O PROBLEMA DO PT na eleição do próximo ano é que não tem um nome forte para governador. Suas lideranças mais fortes como Angelim, Marcus Alexandre e o Jorge Viana devem disputar mandatos em outras áreas.
SAIU DO CASULO
A EX-PREFEITA Socorro Neri saiu do casulo e deu ontem a sua primeira entrevista depois que deixou a prefeitura. Foi no programa “Boa Tarde, Cidade”! Na “Cidade FM”, apresentado pelo jornalista Astério Moreira. Falou que deixou 72 milhões em caixa, o que daria para pagar os Garis.
FRASE MARCANTE
“O tempo é um grande professor, mas infelizmente ele mata todos os seus discípulos.” Hector Berlioz.