Destaque

Economista diz que: redução de valor do auxílio eleva prazo de recuperação do Acre

No começo da pandemia da Covid-19, em maio de 2020, o auxílio emergencial beneficiou  209.043 mil famílias no Acre, com repasse financeiro no valor total de R$ 184.255.200,00 naquele período.  Quase um ano depois, no dia 8 de março o Ministério da Cidadania divulgou um estudo mostrando que, segundo os dados de 2020, o Acre tem 325 mil pessoas elegíveis ao benefício.  

Na primeira versão, o benefício no valor de R$ 600 foi pago para até duas pessoas da mesma família e vai durar, a princípio, por três meses. Para as famílias em que a mulher seja a única responsável (monoparental) pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente será de R$ 1.200,00.

Em 2021, o auxílio está prestes a ser pago novamente mas pelo visto  nada será como antes. As parcelas serão menores e não devem passar dos R$250. 

O impacto do Auxílio Emergencial na economia do Acre foi profundo e chegou a  5,9% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, segundo um estudo da Universidade Federal do Pernambuco divulgado em agosto de 2020. “O Auxílio Emergencial tem um impacto significativo, porque tem efeito multiplicador. É um programa de transferência de renda direta para a população, sem vinculação a nenhuma contrapartida que possa vir a atrapalhar a distribuição e chegada dos recursos na ponta. A população pode gastar como bem entender. Então, a gente acredita que há um efeito pulverizado e multiplicador”, apontou à época o professor da UFPE, Ecio Costa.

Por ser transferência direta de recursos, o programa gera efeitos em todos os segmentos econômicos, num momento em que várias atividades foram paralisadas em função da pandemia do novo coronavírus.

Mas, e agora? Meses depois de ficar sem o dinheiro do auxílio, como anda a economia do Acre? Sentiu ou não o impacto?

O professor e  pesquisador Rubisclei Silva, da Univesidade Federal do Acre, fez uma reflexão sobre o caso: “Eu afirmo que a redução do auxílio e a redução da quantidade de pessoas que vão receber a nova modalidade do auxílio vão impactar de forma negativa no consumo das famílias, no bem-estar da sociedade e na venda das empresas. Logo a recuperação econômica do Estado do Acre e do Brasil vai demorar mais um pouco”, avaliou Rubsclei

No âmbito estadual, apresentaram  maior cobertura do auxílio emergencial o Piauí, com 39,9%; Bahia, com 38,8%; e o Pará, com 38,1% da população total. Por sua vez, os estados com menor cobertura em termos populacionais são Santa Catarina, com 23,8%; e o Rio Grande do Sul, com 24,6%; além do Distrito Federal, com 25,8%.

Acesse aqui o estudo do Ministério da Cidadania

 

 

Edmilson Ferreira
Compartilhe
Publicado por
Edmilson Ferreira

Últimas Notícias

Corpo de Flaviano Melo chega para ser velado no Palácio Rio Branco; político recebe as homenagens do povo do Acre

O corpo do ex-deputado federal, ex-governador do Acre e ex-senador da República, Flaviano Melo, que…

23/11/2024

Saiba tudo sobre o Santa Cruz, que joga amistoso neste domingo (24) contra o Flamengo na Arena

Originado em 2022, o Santa Cruz Acre Esporte Clube foi construído com a missão de…

23/11/2024

Ao menos 56 migrantes têm trabalho formal no Acre, diz Boletim das Migrações

O Boletim da Migração de novembro de 2024 destaca o papel crescente dos migrantes, refugiados…

23/11/2024

Governo convoca professores do processo seletivo para a Educação Indígena e Ensino Regular

O governo do Acre publicou no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, 22, a convocação…

23/11/2024

Governo estende a todas as cidades as verbas para o SUS prover ações de nutrição

Em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), Ministério da Saúde formalizou o aumento…

23/11/2024

Suframa no Acre tem nova coordenadora; saiba quem é Camila Mendonça

Tomou posse nesta sexta-feira, 22 de novembro, a nova coordenadora da Coordenação Regional de Rio…

23/11/2024