Nesta segunda-feira (8), chegou ao fim a ocupação da Ponte da Integração, em Assis Brasil (AC), por migrantes que protestavam contra o ato do governo peruano de fechamento da fronteira. Após intensos diálogos, as famílias migrantes deixaram o local de forma pacífica, sem a necessidade de cumprimento da ordem de reintegração com a utilização de forças policiais, em inequívoco sinal de boa-fé e cooperação. “O diálogo entre DPU, a sociedade civil e as pessoas migrantes atingidas foi fundamental para a construção de uma saída amigável para o conflito. Infelizmente as políticas migratórias dos países da América do Sul seguem um padrão de restrições à mobilidade insustentável a longo prazo, e que precisa ser reconsiderado a partir de um diálogo regional para a construção de corredores humanitários”, afirmou o defensor público federal João Chaves, coordenador do Grupo de Trabalho Migrações, Apatridia e Refúgio.
A Defensoria Pública da União (DPU) atuou na defesa e na orientação da população em situação de vulnerabilidade desde o início da crise migratória. No dia 17 de fevereiro, a defensora pública federal Larissa Moisés se dirigiu ao local em missão técnica para colher subsídios para a defesa da população migrante que se anunciava em situação de grave vulnerabilidade na fronteira.
Em seu relatório, registrou a situação de aproximadamente 500 migrantes no local (número que aumentava a cada dia), sendo que aproximadamente 40% eram mulheres e crianças, acampados na linha de frente como forma de conter eventual ataque da força policial ali presente. Nos dias seguintes, diante do quadro alarmante, a DPU buscou contato com associações de haitianos e de migrantes de outras nacionalidades para prestar informação jurídica adequada e combater o boato disseminado de que a fronteira estaria em vias de aberturas. Foram produzidos cards informativos e divulgados áudios, em português e creole, orientando as famílias migrantes.
No dia 27 de fevereiro, após o pedido de reintegração de posse protocolado pela União, a DPU se manifestou no processo defendendo que os migrantes fossem ouvidos em audiência de conciliação. No dia 3 de março, o defensor João Chaves foi até o local para dialogar diretamente com todos, prestar orientação jurídica e obter subsídios para a defesa judicial. Em 4 de março, o juízo federal ouviu integrantes do grupo, devidamente representados pela DPU, em audiência de conciliação realizada a pedido da instituição.
Após a desocupação voluntária, a DPU segue monitorando a implantação de medidas de assistência social, com apoio técnico aos municípios envolvidos e estabelecimento de canais de comunicação com a comunidade migrante.
O IBGE publica a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura – PEVS que…
Da Fiocruz -- O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (26/9), destaca que…
O governo do Acre participou de um importante encontro promovido pela organização norte-americana sem fins…
Vinicius Souza se tornou um dos nomes mais comentados na web nesta quarta-feira (25), após…
Testemunhas de Jeová podem recusar tratamentos médicos que envolvam transfusão de sangue de terceiros e…
Um grave acidente foi registrado na Avenida Luís Viana, em Santo Antônio de Jesus, cidade…