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Gladson Cameli pede apoio do governo federal para solucionar crise na fronteira Brasil-Peru

Sensível com a situação vivenciada por um grupo de aproximadamente 300 haitianos que tenta retornar ao seu país de origem, o governador Gladson Cameli solicitou a mediação do senador Marcio Bittar junto ao governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, para que os imigrantes possam adentrar no Peru.

Devido a pandemia do novo coronavírus, a fronteira do Brasil com o país vizinho está fechada desde março do ano passado. Neste domingo, 14, os estrangeiros tentaram atravessar a ponte da Integração, mas foram impedidos pela polícia peruana.

Segundo o governador, o impasse precisa ser solucionado com urgência. Gladson Cameli demonstrou preocupação com um possível crescimento no número de casos de Covid-19 em Assis Brasil e colocou a estrutura do Estado à disposição para que os haitianos façam a testagem para a doença antes de seguir viagem.

“Queremos muito ajudar a resolver esse impasse. Por isso, solicitei ajuda ao senador Marcio Bittar que interceda junto ao ministro Ernesto Araújo para que o Peru possa receber esses imigrantes. Assumi o compromisso de fazermos os testes em todos eles e quem estiver sem o vírus possa entrar no país vizinho”, explicou o gestor.

O senador Marcio Bittar afirmou que o pedido do governador Gladson Cameli já foi levado ao conhecimento chanceler brasileiro. De acordo com o parlamentar, a demanda está sendo tratada com prioridade pelo Ministério das Relações Exteriores.

“Já tínhamos alertado ao ministro Ernesto Araújo sobre essa situação meses atrás e, mais uma vez, obtive a resposta que o contato será feito por parte do Itamaraty com o Peru. Inclusive, a proposta de que seja feita a testagem desses imigrantes e até mesmo a possibilidade de vacinação será feita ao governo peruano”, declarou.

Desde o agravamento da crise migratória provocada pelo fechamento da fronteira Brasil-Peru, o governo acreano tem prestado assistência humanitária aos estrangeiros retidos em Assis Brasil. Prédios públicos pertencentes ao Estado foram cedidos para a instalação de abrigos mantidos pala prefeitura do município, assim como parte do custeio com alimentação e atendimentos na área da saúde.

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