Com o objetivo de acompanhar o comportamento das receitas municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) fez um levantamento que mostra as análises das receitas municipais até o mês de outubro de 2020.
Até o 5o bimestre, as perdas do Acre somavam 48% do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e, segundo a CNM, seria decorrente da isenção desse tributo concedida a 45 mil famílias de baixa renda.
Segundo o levantamento, apesar do desempenho econômico brasileiro ruim e das adversidades encontradas pelas gestões municipais, as transferências correntes da União têm tido um papel importante para os demais Entes em 2020: as receitas correntes municipais acabaram sendo sustentadas pelo aumento das transferências da União – que cresceram em torno de 71% em relação ao ano anterior (2019).
Dentro dessas, a responsável pelo aumento foi a denominada “Outras Transferências Correntes da União”, que somaram cerca de R$ 34 bilhões nos dez primeiros meses de 2020. O levantamento aponta ainda que metade desse valor – cerca de R$ 15 bilhões – foi destinada a despesas com saúde. O Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM) até outubro de 2020 foi de cerca de R$ 8 bilhões.
Para a CNM, os dados reforçam as respostas das políticas públicas defendidas pela CNM junto à União, especialmente no que tange à descentralização de recursos como forma de enfrentamento da crise. Essas medidas, até o mês de referência, surtiram efeitos positivos no resultado fiscal dos Municípios analisados.
FPM
No que diz respeito ao acumulado do ano do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), verifica-se que o valor total apresentou cenário negativo. O total repassado aos Municípios em 2020 apresentou queda de 4,1% em termos nominais – sem considerar os efeitos da inflação – em relação ao mesmo período de 2019. Ao considerar o comportamento da inflação, observa-se que o FPM acumulado em 2020 teve queda de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a CNM, os números reforçam ainda uma variação na atividade econômica que impactou significativamente o FPM. Com isso, tornou-se ainda mais relevante o papel do auxílio emergencial e das demais transferências extraordinárias para manutenção dos serviços públicos prestados à população pelos Entes municipais.
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