Após o Banco do Brasil (BB) anunciar o fechamento de 361 unidades em todo o Brasil, dentre elas 8 agências nos municípios acreanos, a Defensoria Pública do Estado do Acre (DPE/AC), por meio do Subnúcleo de Direitos Humanos 1 (SDH1), expediu na manhã desta quinta-feira, 14, um ofício à Superintendência do BB em Rio Branco, a fim de obter informações acerca do fechamento de agências no Estado.
No documento assinado pela defensora pública que atua no SDH1, Juliana Caobianco, a DPE/AC pontua que o fechamento de agências do BB na capital e no interior do Estado gerará prejuízo imensurável aos consumidores, em especial aos hipossuficientes, que residem em municípios distantes, onde sequer há outras agências para atendimento.
A defensora salienta que muitos consumidores não possuem conta bancária e nem possuem acesso às plataformas virtuais de atendimento, necessitando de atendimento presencial nas agências.
“Com isso, a medida adotada pelo banco pode privar os consumidores do acesso aos serviços bancários, sendo estes considerados essenciais, além de resultar na piora da qualidade dos serviços, sobrecarga de demandas e agravação da situação de espera nas filas para atendimento”, destacou Caobianco.
A defensora ainda ressalta outros prejuízos decorrentes da medida, como a elevação do desemprego e os reflexos negativos para empresários e produtores rurais, fatores que dificultam ainda mais o desenvolvimento da economia local.
No ofício, a DPE/AC solicita também informações acerca das medidas que serão tomadas pelo banco em prol do consumidor e da normalidade dos serviços prestados, além do detalhamento da quantidade e tipo de unidades de atendimento do BB existentes no Estado e em cada município.