A segunda semana de 2021 veio com vários “updates” no campo das vacinas. Aqui no Brasil, por exemplo, já temos data para a campanha nacional de vacinação contra COVID-19. No mundo, mais países estão correndo com novas vacinas, aprovações e campanhas nacionais. E como o combate ao coronavírus é o assunto do momento, veremos mais detalhes no Giro da Saúde deste domingo.
A data para a vacinação ainda não foi oficializada no Brasil, mas de acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de janeiro não passa.
“Todos os estados e municípios receberão a vacina de forma simultânea, igualitária e proporcional à população. No que depender do Ministério da Saúde e do presidente da República, a vacina será gratuita e não obrigatória”, explicou o ministro Pazuello, em pronunciamento para todo o Brasil.
Em sua estratégia, o Brasil pretende contar com 354 milhões de doses de vacinas contra COVID-19 até o final de 2021. Destas, 254 milhões serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a farmacêutica norte-americana AstraZeneca. Outras 100 milhões serão produzidas pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Quanto a insumos, o Brasil conta, atualmente, com aproximadamente 60 milhões de agulhas e seringas. É um número relativamente baixo, mas de acordo com o ministro, é suficiente para o início da campanha.
Pazuello afirmou, ainda, que o Brasil está em negociação com outros laboratórios para ampliar opções de imunizantes por aqui. São eles: o Instituo Gamaleya, da Rússia; a farmacêutica norte-americana Janssen, da Johnson & Johnson; a farmacêutica Pfizer, nos EUA; a empresa norte-americana Moderna; e a farmacêutica Barat Biotech, da Índia.
Segundo o ministro, ainda, o país vai ser exportador de vacina, já que, só aqui, são três unidades laboratoriais trabalhando na fabricação de imunizantes.
Na última quinta (7), após quatro datas adiadas, o governo de São Paulo finalmente anunciou os resultados de eficácia da CoronaVac após a conclusão dos testes clínicos realizados no Brasil. O imunizante possui 78% de eficácia contra COVID-19. Também foi verificado que a CoronaVac apresentou uma taxa de eficácia de 100% na prevenção de casos mais graves da COVID-19, o que quer dizer que os voluntários vacinados não precisaram ser internados em hospitais.
O próximo passo, claro, é que os dados sejam encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a agência registre a vacina no Brasil, mesmo sob condições de uso emergencial. E isso também aconteceu nesta semana, na sexta-feira (8), um dia após a divulgação.
Saiba mais sobre os resultados da CoronaVac
Eis que, no dia seguinte à divulgação, os dados foram mesmo enviados à Anvisa, para que a agência analisasse o pedido de autorização para uso emergencial, feito pelo Instituto Butantan. Segundo a Anvisa, a análise para liberação do uso emergencial da vacina contra a COVID-19 foi iniciada no mesmo dia em que a documentação foi recebida. O prazo para que toda a avaliação seja concluída é de 10 dias, mas pode se prolongar, caso algum documento esteja faltando.
“As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de dez dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica”, informou a agência em nota.
De acordo com a CNN Brasil, na noite deste sábado (9), a Anvisa considerou os dados enviados pelo Butantan sobre a CoronaVac como incompletos. A Agência revelou que 59,63% das informações estão insuficientes, não apresentadas ou pendentes de complementação. A Agência diz precisar de mais dados relacionados à fase 3 dos testes clínicos, e informa que o Butantan não enviou nenhuma descrição “do status da aprovação internacional da vacina” nem uma “avaliação de risco demonstrando que a relação benefício-risco do uso emergencial da vacina é favorável”.
E em meio aos avanços e documentos relacionados a vacinas e campanhas de vacinação, aqui no Brasil, nesta última semana, a COVID-19 ultrapassou a marca de 200 mil vítimas fatais. Os dados são da última quinta-feira (7).
Isso faz com que a necessidade de uma campanha de vacinação seja cada vez mais urgente para os brasileiros, a fim de conter a propagação do vírus e causar uma imunidade de rebanho para que a doença deixe de se alastrar com tanta velocidade.
Mas vale comentar algo importante sobre os resultados e dados da COVID-19 no país: os valores consideram uma média do número de registros do dia e dos seis anteriores. Eles costumam ser comparados com as médias das outras duas semanas para avaliar se há tendência de alta, de estabilidade ou de queda. No país, o movimento, atualmente, é de alta.
Muita gente quer logo a vacina, mas você já parou para pensar naqueles que têm medo, ou melhor, fobia de agulhas? Pesquisadores do País de Gales, no Reino Unido, consideraram um novo formato de aplicação do imunizante que poderia favorecer não só as pessoas que possuem aicmofobia, como também aqueles que precisam de dosagens de outros fármacos, para outras doenças que vão além da COVID-19.
Os cientistas da Swansea University criaram um protótipo de adesivo transdérmico inteligente, com microagulhas que não são sentidas pelas terminações nervosas da pele, capaz de injetar medicações no organismo apenas pelo simples contato. Esse protótipo, ainda em fase de desenvolvimento, deve ser concluído em março deste ano e o adesivo pode chegar ao mercado em três anos. Tempo demais para a pandemia, mas o fato de poder adaptar a tecnologia a outras doenças e outros medicamentos é animador.
Funciona assim: dotado de microagulhas feitas de silício ou policarbonato, o adesivo, a olho nu, parece um adesivo transdérmico comum (como os de nicotina ou anticoncepcionais já existentes no mercado), que você tira da embalagem e cola no braço, por exemplo. Mas as pontas de cada uma dessas agulhas microscópicas são capazes de injetar os medicamentos por via subcutânea, da maneira menos invasiva possível.
Após ser colado e liberar as primeiras partes da fórmula, o adesivo deve permanecer afixado na pele por até 24 horas.
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A União Europeia (UE) também aprovou, na última quarta-feira (6), o uso emergencial do imunizante da Moderna em seus 27 países membros. A Comissão Europeia terminou a análise da documentação enviada pela empresa, contendo resultados de ensaios clínicos e eficácia, após aprovação da EMA (Agência Europeia de Medicamentos). Com isso, a expectativa é de que o uso da vacina comece nesta semana.
O imunizante é o segundo a ser aprovado na UE. Foram adquiridas 80 milhões de doses do imunizante. Além disso, o contrato de compra permite a compra de outras 80 milhões de doses, o que pode elevar o número total a 160 milhões de doses. A outra vacina, já em uso na Europa, é a da Pfizer, em parceria com a BioNTech: foram adquiridas 300 milhões de doses, e a vacinação já havia começado em dezembro em boa parte dos países do bloco.
Além da UE, a vacina da Moderna aprovada contra a COVID-19 para uso nos Estados Unidos, no Canadá e em Israel. O Brasil também está, segundo o ministro da Saúde, negociando com o laboratório americano para compra de doses.
Após solicitação da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) feita na semana passada para liberação de 2 milhões de doses da vacina de Oxford, importada diretamente da Índia, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) começou a analisar a documentação nesta sexta-feira (8). A expectativa é completar a análise do uso emergencial do imunizante, desenvolvido em parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, em até 10 dias.
Como a imunização é feita em duas doses, esse montante poderá imunizar, em um primeiro momento, 1 milhão de brasileiros que fazem parte de grupos de risco e/ou profissionais de saúde. Com as duas doses, a taxa de eficácia da vacina é de 62% contra infecções causadas pelo coronavírus.
Fonte; CanalTech
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