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Laboratório quer criar tecnologia que transforma remédios injetáveis em pílulas; saiba mais

O laboratório de pesquisa em ciências biológicas Rani Therapeutics, sediado na Califórnia, arrecadou US$ 69 milhões (o equivalente a R$ 362 milhões, aproximadamente) para financiar o desenvolvimento de sua plataforma que converte medicamentos injetáveis ​​em pílulas. A ideia é criar uma espécie de cápsula “robótica” engolível, mas que faz o trabalho de um medicamento injetável.

De acordo com uma revisão no Annals of Internal Medicine, medo ou desconforto com as injeções com agulhas estão entre as razões pelas quais os pacientes se recusam a aceitar certos medicamentos.  A análise aponta que de 20% a 30% das prescrições nunca são preenchidas, e aproximadamente 50% dos medicamentos para doenças crônicas não são tomados conforme prescrito. Estima-se que essa falta de adesão cause aproximadamente 125 mil mortes.

O laboratório Rani acredita que sua tecnologia tenha o potencial de transformar mercados onde os pacientes precisam lidar com injeções frequentes: trata-se de uma cápsula que contém um sensor embutido e se move pelo estômago onde os ácidos normalmente quebram as moléculas do medicamento. Assim que atinge o intestino, ela fornece o medicamento, inflando como um balão e injetando a droga na parede intestinal. Para evitar que o balão se infle prematuramente, a cápsula tem um revestimento de pílula que se dissolve quando enfrenta os níveis de ácido específicos do intestino.

Laboratório planeja criar tecnologia que transforma injetáveis em pílulas (Imagem: Ake/Rawpixel)

Para isso, houve testes com várias moléculas. Até o momento, no entanto, a empresa concluiu apenas um estudo de Fase 1 com octreotida, um medicamento que pode tratar diarreia associada a certos tipos de tumores e níveis mais baixos de hormônio de crescimento em excesso. Os estudos de fase inicial, que não testam a eficácia, definiram a dose mais alta que pode ser administrada com segurança, sem causar efeitos colaterais graves. O laboratório Rani relatou que o ensaio com octreotida, em meados de 2019, mostrou taxas de biodisponibilidade superiores a 70%, sendo que biodisponibilidade é a porção de um medicamento que entra na circulação quando introduzido no corpo.

Fonte: Venture Beat e CanalTech

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