“Trrim, trrim”… O som do telefone ilustra as 41.617 chamadas que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu, até outubro, na regional do Baixo Acre e as 68.953 da base do Juruá-Tarauacá-Envira. Neste ano, historicamente marcado pela pandemia da Covid-19, o telefone tocou mais de seis mil vezes por mês.
“Um ano que virou o mundo de cabeça para baixo e não foi diferente com o sistema de saúde, pois tivemos um aumento considerável das chamadas a partir de março; todo mundo estava assustado com o coronavírus”, relata o coordenador do Samu em Rio Branco, Pedro Pascoal.
Para o mundo, 2020 está sendo um ano atípico e desafiador para o sistema de saúde, em que profissionais da área da Saúde foram convocados em caráter de urgência por conta de um vírus invisível, e que se propaga em alta velocidade, o novo coronavírus. Milhões de pessoas perderam a vida e outros tantos milhões tiveram a vida salva por esses servidores que foram acionados mais vezes, por conta da pandemia, após o toque do telefone.
Ao longo do ano, para melhorar o sistema de atendimento do Samu, o governo do Acre investiu mais de R$ 360 mil na aquisição de equipamentos digitais, tornando o atendimento mais rápido e garantindo mais vidas salvas.
“Hoje nós conseguimos atender em torno de oito chamadas simultaneamente aqui em Rio Branco, e isso fez com que o sistema não ficasse comprometido quando houvesse pico de ocorrências”, destacou Pedro Pascoal.
Ainda de acordo com o coordenador, atualmente a base de Cruzeiro do Sul está passando pela implantação do sistema digital. “Temos como projeto para 2021 de conclusão da base do Alto Acre”, salienta.
Atualmente, Rio Branco conta com mais uma ambulância de transporte avançado e mais uma de suporte básico, que fica baseada na Policlínica Tucumã. Além disso, a população conta com uma ambulância exclusiva para transporte inter-hospitalar de pacientes com Covid-19 que estejam em estado grave.
– Problema cardiorrespiratório;
– Intoxicação exógena e envenenamento;
– Queimadura grave;
– Violência física;
– Trabalho de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto;
– Tentativa de suicídio;
– Crise hipertensiva e dores no peito de aparecimento súbito;
– Acidente ou trauma com vítima;
– Afogamento;
– Choque elétrico;
– Acidente com produtos perigosos;
– Suspeita de infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns);
– Agressão por arma de fogo ou arma branca;
– Soterramento;
– Desabamento;
– Crises convulsivas;
– Transferência inter-hospitalar de doentes graves;
– Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso.
– Febre prolongada;
– Dores crônicas;
– Vômito e diarreia;
– Transporte de pacientes para consulta médica ou para realizar exames;
– Transporte de óbito;
– Dor de dente;
– Transferência sem regulação médica prévia;
– Troca de sonda;
– Corte com pouco sangramento;
– Entorses;
– Cólicas renais;
– Transporte inter-hospitalar de pacientes de convênio;
– Demais situações em que não se caracterize urgência ou emergência médica.
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