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É o fim: Observatório de Arecibo desaba após meses de deterioração; saiba mais

O recém desativado e com “morte” declarada Observatório de Arecibo acaba de entrar em colapso, desabando sobre a própria estrutura na manhã desta terça-feira (1). As informações foram divulgadas pelo Twitter da meteorologista porto-riquenha Deborah Martorell.

A decisão de desativá-lo foi divulgada em novembro pela National Science Foundation, logo depois que um segundo cabo de sustentação acabou se rompendo — o primeiro foi rompido em agosto. Engenheiros, analisando a estrutura do local após os danos, concluíram que um eventual reparo seria arriscado demais para funcionários no local, mas ainda planejavam resgatar alguns equipamentos. Contudo, o colapso do observatório agora marca o fim, definitivo, de qualquer tentativa do tipo.

Nas fotos abaixo voce pode conferir como fotos do Arecibo com a estrutura intacta, depois do desastre ocorrer.

De Deborah Martorell

Pelo que parece, de acordo com as informações preliminares, a plataforma de 900 toneladas acabou caindo, possivelmente destruindo tudo o que havia por ali — como prato refletor, antenas, transmissores, radares, etc. O prato refletor, por sinal, tinha 300 metros de largura, com a plataforma pendurada a 150 metros acima do chão.

O Observatório de Arecibo era o segundo maior radiotelescópio do mundo, operando há mais de 50 anos, e entrou para a história ao ser usado para enviar uma mensagem a possíveis civilizações alienígenas, em 1974 — a famosa “Mensagem de Arecibo” foi enviada em 16 de novembro daquele ano, com informações sobre nosso planeta e a civilização humana. O envio foi feito pelo projeto SETI em direção ao Grande Aglomerado Globular de Hércules, a aproximadamente 25.000 anos-luz de distância, onde há cerca de 300.000 estrelas conhecidas.

A perda do observatório prejudica, ainda, a análise de objetos espaciais próximos da Terra. Embora este não fosse o único do tipo usado por astrônomos nessa tarefa, a instalação era uma das mais importantes para tal, com o Arecibo sendo um grande especialista em analisar, de perto, asteroides que rondam nosso planeta — e substituí-lo à altura não será uma tarefa fácil, tampouco rápida.

Fonte: Phys.org, El Nuevo Dia e CanalTech

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