O ACRE respira política. Mal terminou a eleição municipal e já começaram os movimentos para a disputa do Governo e Senado, em 2022. O senador Márcio Bittar (MDB) confirmou ontem ao BLOG DO CRICA de que, trabalha para a formação de uma frente política para a eleição de 2022. A aliança que está na sua cabeça seria formada pelo MDB, REPUBLICANOS, PTB, PL, PSL e PSDB. Neste sentido, já conversou com os emedebistas da cúpula, Aldemir Lopes, Adalberto Ferreira, Vagner Sales, deputada federal Jéssica Sales e Roberto Duarte. E, também entabulou conversa com o vice-governador Major Rocha (PSL), com segmentos do PSDB; e com a ex-deputada federal Antônia Lúcia (PL). Este bloco formado, somaria uma força com um senador, três deputados federais, vários deputados estaduais e prefeitos. Na visão de Bittar, o grupo estaria aberto para discutir o apoio à reeleição do governador Gladson Cameli, do senador Sérgio Petecão (PSD), ou mesmo uma candidatura própria ao governo. Esta aliança só teria uma restrição: não apoiaria nenhum candidato majoritário que tiver ao seu lado o PSB, PDT, PV, PT, PSOL, PT e PCdoB. “No palanque não há vaga para partidos de esquerda, já que o candidato a presidente será Jair Bolsonaro”, destacou Bittar ontem ao BLOG DO CRICA.
ENGENHARIA COMPLICADA
OLHANDO para o quadro acima o senador Márcio Bittar (MDB) teria que ter mais que simples argumentos políticos para convencer o ex-prefeito Vagner Sales (MDB) sentar numa mesa em que esteja o governador Gladson Cameli. Missão difícil.
NÃO SE PRONUNCIA
POR ENQUANTO, o presidente do MDB, deputado federal Flaviano Melo não se pronunciou sobre este desenho eleitoral proposto pelo senador Márcio Bittar (MDB), para 2022.
DO OUTRO LADO DA RUA
DO OUTRO lado da rua tem outro grupo formado pelo PSD e PP, com a senadora Mailza Gomes (PP), prefeito eleito Tião Bocalom, James Gomes (PP), deputado José Bestene (PP), unido em torno da candidatura ao governo do senador Sérgio Petecão (PSD).
SEM MUITOS CAMINHOS
O GOVERNADOR Gladson Cameli tem em princípio dois partidos ao seu lado, o SOLIDARIEDADE e o DEM, dos deputados federais Vanda Milani e Alan Rick, e precisa ampliar a aliança para 2022.
SEM INTERMEDIÁRIOS
AS CONVERSAS que o governador Gladson Cameli terá que travar para montar uma base de apoio à sua reeleição, terão que serem feitas pessoalmente, é um jogo sem vaga para intermediários.
DESCARTE CERTO
DENTRO deste contexto, o Gladson não tem outra saída a não ser banir do seu palanque a coligação que apoiou a prefeita Socorro Neri, formada por PSB-PDT-PV, caso queira montar um bloco de apoio, com aliados da campanha passada ao governo.
NÃO PERDERIA NADA
TAMBÉM não perderia nada com o descarte. Em janeiro a Socorro Neri não será mais prefeita, e ela fora do poder, o PSB murcha. Também não sofreria dano se afastando do PDT e PV. Ficar com a esquerda seria prejuízo para reeleição do Gladson.
MEDIDA NATURAL
HÁ TAMBÉM um aspecto a ser ressaltado nisso tudo, o PSB, o PDT e o PV estarão em 2022 no palanque do candidato a presidente da esquerda, e contra a candidatura do Bolsonaro.
NENHUMA NOVIDADE
E, não seria novidade se no plano nacional em 2022, o PSB-PT-PCdoB-PV-PDT, estiverem no mesmo palanque para presidente.
FECHADO CONTRA O GLADSON
SOBRE POSTAGEM ONTEM DO BLOG da existência de grupos dentro do MDB, o ex-prefeito Vagner Sales mandou nota dizendo que discorda que isso implique em desunião. Garante que ao final todos se unem. E, ressaltou que, estes grupos já têm uma decisão tomada: a de não apoiar a reeleição de Gladson Cameli.
NÃO PASSOU BATIDO
NÃO PASSOU batido do BLOG a notícia de que o governador Gladson Cameli esteve nesta sua passagem por Brasília, conversando com a direção nacional do PSDB. No prato principal esteve a sua possível filiação nos tucanos. Busca novas opções.
QUESTÃO SÉRIA
O GOVERNADOR Gladson Cameli teria que se filiar a um partido que lhe desse paz e a garantia de apoio à sua reeleição. E, no PSDB, com a deputada federal Mara Rocha, teria uma desafeta.
ALERTA VÁLIDO
O DEPUTADO Pedro Longo (PV) não está sendo alarmista quando coloca no debate a possibilidade de acontecer em Rio Branco, uma ação armada para assalto a bancos. Estamos numa fronteira porosa. Não seria novidade, já ocorreu assalto a banco em Feijó.
QUER SER FISCALIZADO
NO ENCONTRO que teve com os vereadores eleitos, o prefeito eleito Tião Bocalom tomou uma posição inusitada, mas salutar: não dará cargos para vereador colocar afilhado, porque quer ser fiscalizado. Não lembro de nada parecido nos últimos 20 anos.
JV GOVERNADOR
O DEPUTADO FEDERAL LÉO DE BRITO (PT) já abriu o jogo no seu partido, quer o ex-senador Jorge Viana (PT) candidato a governador em 2022. Contaria com os prefeitos Bira Vasconcelos, Fernanda Hassem, Isaac Lima; e o recém-eleito Jerry. Uma aliança frágil para uma disputa deste porte, com o PT desgastado e fora do poder nos maiores colégios eleitorais.
NOME MUITO FORTE
O PT terá um nome forte seja para deputado federal ou para deputado estadual, em 2022: o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre. Mesmo fora do poder, ele continua popular.
PONTO POSITIVO
O PT tem um ponto positivo em relação aos partidos tradicionais, não dá espaço para adversários. O deputado federal Léo de Brito (PT), contratou para seu gabinete duas mulheres de DNA petista competentes. Andréia Forneck para a Comunicação e Raquel Moreira para chefia de gabinete. Mandato se faz com bons assessores.
CLAMANDO NO DESERTO
ATÉ AQUI o senador Márcio Bittar (MDB) está clamando só no deserto pela ligação Cruzeiro do Sul-Pucallpa. Não houve até hoje uma defesa partidária das siglas anti-PT, a favor dessa obra.
FRASE MARCANTE
“Sem o grão de areia não haveria o deserto”. Ditado árabe.
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