Fiscalização realizada no Hospital Geral de Feijó realizada pelo presidente em exercício do Sindicato dos Médicos do Acre, Guilherme Pulici, e assessores do Sindmed encontraram falhas estruturais no Hospital Geral de Feijó que podem resultar na contaminação de pacientes. A ação foi realizada na sexta-feira passada (6).
Além de baratas, servidores apontam para a existência de fezes de pombo dentro do forro de madeira que acabam caindo por frestas até atingir servidores e pacientes.
Segundo os trabalhadores, a unidade de saúde funciona de forma precária, situação que se agrava ainda mais com o inverno amazônico, quando aparecem goteiras e a fossa passa a transbordar.
Os sindicalistas ainda verificaram a falta de um gerador ativo para manter cirurgias durante falha na rede elétrica, a falta de extintores e a acomodação inadequada das balas de oxigênio, colocando em risco de explosão os servidores e a população.
A máquina que esteriliza os instrumentos, a autoclave, funciona de forma precária, sem manutenção e em local insalubre para os trabalhadores, a uma temperatura ambiente que supera os 40 graus em dias ensolarados.
Em alguns locais, como o posto de enfermagem, o banheiro não possui porta e iluminação. Em diversos ambientes, é possível verificar marcas de infiltração resultante de telhas quebradas.
A escala de trabalho do Hospital e da Maternidade de Feijó também apresenta buracos e a falta de especialistas. Existem plantões que apenas um profissional é obrigado a atender todos os setores, resultando em demora no atendimento e na possibilidade de morte de paciente caso existam dois casos de urgência.
Os profissionais ainda relataram a falta de capacidade do aero médico em atender a população feijoense durante a noite. Os filiados alegaram que não existe autorização das autoridades para realizar o transporte de pacientes no período noturno, com isso, a pessoa precisa aguardar amanhecer.
“Todas as falhas foram catalogadas e registradas em fotografia e serão encaminhadas para o Ministério Público e para a Secretaria de Saúde. Vamos solicitar reparos com urgência sob pena de agravamento da situação”, explicou Guilherme Pulici.Em Tarauacá, a reclamação é a falta de médicos suficientes, repetindo ambas as cidades a necessidade de contratação de médico para o Serviço Móvel de Urgência (Samu). Com um profissional habilitado, o médico do hospital não precisa abandonar o plantão para levar pessoas para unidades de referência.
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