Do CRM
Após uma denúncia, o Conselho Regional de Medicina do Acre fiscalizou na 1a semana de novembro o complexo de Sistema Assistencial à Saúde da Mulher e da Criança (SASMC), composto pelo Hospital da Criança e a Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. A ação foi realizada pelo conselheiro diretor, Dr. Ricardo Mantilla, com apoio da analista de Saúde do Ministério Público do Estado, Thalita Adriana Ferreira.
A equipe de fiscalização foi acompanhada pelo gerente administrativo do SASMC, Cleber Cardoso, e pela cirurgiã pediátrica que atua nas duas unidades, Fernanda Lage.
A denúncia recebida pelo CRM relatava que as unidades estavam com graves problemas no centro cirúrgico, onde são feitas as cirurgias de recém nascidos e as urgências dos internados no Hospital da Criança, o que colocava em risco a vida desses pacientes. Ainda segundo o relato, os problemas já tinham sido expostos à gestão desde o início deste ano, mas as tentativas de resolução não tiveram êxito.
Durante a ação, o Conselho constatou que a unidade está sem aquecedor elétrico cirúrgico, conforme relatado na denúncia. Segundo o conselheiro do CRM, esse aquecedor é essencial para a segurança, principalmente, dos recém nascidos que são expostos a anestesia e a laparotomia.
O hospital possui ainda apenas um aparelho de bisturi elétrico, que tem apresentado defeito há mais de um ano, pelo que foi verificado durante a fiscalização. Além disso, apenas um dos focos cirúrgicos da unidade de saúde está funcionando com iluminação insuficiente do campo operatório, o que pode causar lesões nos pacientes devido à baixa visibilidade durante a cirurgia.
Outra situação que precisa ser destacada é com relação à parte elétrica das unidades, uma vez que, segundo os relatos, foi constatado que tem havido a queima de alguns equipamentos. Além da falta de manutenção na infraestrutura dos hospitais, que apresentam várias goteiras. Também falta manta térmica e o principal equipamento do Estado que realiza ultrassonografia na Maternidade está quebrado. O equipamento que está sendo utilizado para realizar esses exames não tem suportado a demanda, pois o mesmo não é destinado para tal fim.
Um relatório com todos os problemas constatados que precisam ser resolvidos deve ser elaborado e encaminhado tanto ao Ministério Público do Estado como à direção das unidades e à Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre) para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
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