Unir esforços para a execução de ações conjuntas com foco no desenvolvimento da produção rural e o agronegócio do Acre. Com este objetivo, a Embrapa e o governo do estado, por intermédio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), assinaram Acordo de Cooperação Técnica, na tarde da sexta-feira, dia 24 de julho. O plano de trabalho, com vigência para 30 meses, contempla atividades para o fortalecimento de diferentes cadeias produtivas.
A parceria beneficia agricultores, extrativistas e indígenas de municípios das cinco regionais acreanas (Alto Acre e Capixaba, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá), com ações de transferência de conhecimentos e tecnologias para melhoria da produtividade agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial do estado. O valor previsto para execução do plano de trabalho é da ordem de 2,8 milhões de reais, entretanto, a parceria não envolve repasse direto de recursos financeiros entre as partes.
Segundo Eufran Amaral, chefe-geral da Embrapa Acre, as atividades serão desenvolvidas integradas a diversos projetos já em execução no âmbito da programação de pesquisa e transferência de tecnologias da Empresa, que buscam atender demandas rurais sob diferentes enfoques. “Potencializar o uso da terra, viabilizar alternativas para o aumento da produção e obtenção de produtos com valor agregado, proporcionar melhoria na renda e na qualidade de vida das famílias rurais e contribuir com o crescimento econômico dos municípios são questões essenciais nesta parceria”, enfatiza o gestor.
Eixos de atuação
O plano de trabalho será executado com base em três eixos de atuação: capacitação para formação de técnicos e produtores rurais; apoio clínico no controle de pragas e doenças da agricultura; e elaboração e publicação de documentos técnico-científicos sobre aspectos diversos das cadeias produtivas do estado, visando ao compartilhamento de conhecimentos e apoio à formulação de políticas públicas voltadas para a produção agropecuária e florestal.
As ações de capacitação contemplam a realização de cursos sobre diferentes aspectos das culturas do abacaxi, banana, café, seringueira, açaí e graviola, além de boas práticas na produção de polpa de frutas e derivados da mandioca e uso de drone no mapeamento de áreas com ênfase na gestão do uso da terra, entre outros temas de interesse dos municípios. Também está previsto a implantação de Unidades de Referência Tecnológica (URT) e Unidades Demonstrativas de culturas contempladas nas capacitações, em todas as regionais do estado.
Em outra linha de atuação, serão realizadas atividades como análises de solos para recomendação de adubação e calagem, objetivando ampliar o uso dessa estratégia em propriedades rurais; procedimentos clínicos de diagnóstico e controle de pragas e doenças em culturas agrícolas; ações voltadas para o fortalecimentos da pecuária de corte e leite, incluindo a recuperação de pastagens degradadas em unidades produtivas familiares; e estudos para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) e Zoneamento Pedoclimático (ZPC) para culturas prioritárias para a economia local.
Para o secretário de produção e agronegócio, Edivan Azevedo, a cooperação é uma forma de fortalecer o trabalho das instituições já que o conhecimento gerado pela Embrapa é fundamental para a assistência técnica e extensão rural e essas ações são imprescindíveis para o conhecimento gerado chegar ao campo. Além da oportunidade de oferecer formação técnica para os profissionais que atuam no fomento à produção, o Estado poderá contar com o apoio da pesquisa no atendimento a demandas essenciais nas diversas cadeias produtivas.
“Em termos práticos, quem ganha com isso é o produtor rural, que terá maior acesso a tecnologias e receberá a orientação necessária para a sua adoção, por meio da assistência técnica prestada pelo Estado e, dessa forma, poderá melhorar as suas práticas de produção, aumentar a produtividade dos seus sistemas produtivos e fortalecer o agronegócio local” ressalta.
Compromisso mútuo
De acordo com o Termo de Cooperação, na execução do plano de trabalho a Embrapa fornecerá o conhecimento técnico, por meio de seus pesquisadores e outros profissionais especialistas nas temáticas contempladas, e a infraestrutura administrativa e laboratorial necessária à realização das atividades. Do lado do governo, a Sepa disponibilizará pessoal técnico para o trabalho conjunto e fornecerá o apoio logístico às equipes da Embrapa para a execução das atividades de campo, incluindo a disponibilidade de veículos e o custeio de passagens aéreas, diárias e materiais de consumo.
“A integração de esforços via cooperação institucional, permite otimizar recursos para a obtenção de resultados efetivos, com benefícios para o produtor rural, em todas as fases das cadeias de valor trabalhadas. O compromisso é mútuo e os objetivos recíprocos, mas cada instituição terá uma atuação bem definida e arcará com o ônus de sua participação na execução das atividades previstas”, afirma Amaral.
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