Durante coletiva de imprensa online na tarde desta segunda-feira, 22, o governador Gladson Cameli – acompanhado de membros do governo do Estado, Legislativo, Judiciário e entidades civis – apresentou o Pacto Acre Sem Covid, programa que define a metodologia do retorno das atividades econômicas e sociais de acordo com uma classificação de risco.
Até agora, o Acre registra mais de 11 mil infectados pelo coronavírus Sars-CoV-2, com 305 mortes confirmadas pela doença covid-19 e 6.270 pessoas já recuperadas. Com um investimento até agora de R$ 53 milhões, apenas para combater a pandemia, o Estado já abriu 48 novos leitos de UTI, 131 novos leitos de enfermaria, realizou 21 mil testes rápidos e contratou 810 novos profissionais de saúde. Mas com a curva da doença ainda em seu auge, esses esforços não tem sido o suficiente.
O governador Gladson Cameli relatou inúmeras dificuldades e desafios nesse período, principalmente para a aquisição de insumos de saúde num mercado que ficou totalmente desregulado e com um aumento abusivo de preços. Tendo reunido todos os órgãos de controle e fiscalização, além das prefeituras e entidades para trabalhar em conjunto, ele destaca que o Pacto Acre Sem Covid vai dividir responsabilidades para que todo o estado possa retornar suas atividades o mais breve possível.
“A minha opinião pessoal como cidadão é que esse jovem governador não subestima números. Está tudo vermelho [na classificação de risco] e ninguém aqui vai tapar o sol com a peneira. E dou um conselho: vamos nos alertar, povo, vamos tomar cuidado. Todo mundo está sendo bem orientado e a imprensa mostrando o que é pra mostrar. E eu estou pronto para fazer o que tiver de fazer e respeitar a Constituição”, disse o governador.
O secretário de Gestão e Planejamento, Ricardo Brandão, foi o responsável por apresentar os detalhes do Pacto Acre Sem Covid. Segundo ele, este é um momento em que o estado se aproxima de sair da fase de Emergência para a fase de Recuperação.
Na nova fase, o estado passará por uma retomada gradual e responsável das atividades econômicas e sociais. O comitê de gestão decidiu que haverá uma classificação de risco que vai indicar que tipo de estabelecimento pode estar funcionando em cada momento de melhoria dessa classificação. E três indicadores irão nivelar matematicamente essa abertura: nível de contaminação, responsabilidade social e capacidade do sistema de saúde.
Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais perigoso para o menos perigoso. A cada sete dias será feita uma nova avaliação pelo governo nos indicadores existentes e as prefeituras poderão dar a autorização para as reaberturas conforme a classificação. Nesta segunda-feira, 22 de junho, todos os municípios do estado ainda estão no nível de classificação Vermelho, o mais alto e perigoso, que autoriza a abertura apenas dos serviços essenciais.
Para haver abertura de outros setores, será feita uma nova avaliação na próxima segunda-feira, 29. Se houver então avanço do nível para outra cor e ele se manter ainda por mais sete dias, será dada autorização para a abertura de outros setores de serviços.
O governo destaca que esse será um trabalho conjunto entre Estado, prefeituras e sociedade e que não vai haver avanço na classificação de risco se cada um não fizer sua parte. O governador Gladson Cameli ainda ressaltou que a fiscalização será reforçada, mas que até mesmo este tipo de trabalho pelos agentes de segurança pública é limitado por não poder ferir as liberdades individuais. Ele clama mais uma vez que a população faça sua parte, principalmente ao cumprir o máximo possível das medidas de distanciamento e isolamento social.
O vice-governador, Major Rocha, também esteve presente no anúncio e reforçou: “Nós temos que ter muita responsabilidade na reabertura econômica do estado. Levamos em consideração a nossa capacidade de dar suporte a essa reabertura e é importante que tenhamos com a sociedade um diálogo franco e aberto, para que todos se comprometam com esse trabalho de prevenção do coronavírus. Não é apenas o Estado que tem que fazer sua parte, a sociedade tem uma parcela significativa na responsabilidade”.
Participaram ainda da conferência representantes da Federação do Comércio do Acre (Fecomércio), Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agrícola do Acre (Acisa), Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tribunal de Justiça (TJAC), Ministério Público do Acre (MPAC) e Ministério Público Federal (MPF).
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