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Alguma coisa tem de ser feita, diz senador acreano  sobre extinção de municípios

Entrevista do senador Marcio Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo, ao jornal Brasilianista.

 

 

Entrevista do senador Marcio Bittar, relator da PEC do Pacto Federativo, ao jornal Brasilianista.  

Veja:  

Seu relatório trará alterações em relação à proposta original? 

Eu pretendo fazer um relatório realista. Se dependesse de mim, eu prepararia um relatório com um espírito o mais liberal possível, que é o espírito do ministro da Economia, com quem tenho uma identificação profunda. Mas não adianta fazer um relatório que satisfaça a minha formação e não seja aprovado. Então, estou trabalhando para construir um texto que avance. Quero aproveitar esse momento para estabelecer rigor fiscal para que daqui a 20 ou 30 anos o país não volte para a mesma quadra de completa insolvência. 

  

Um ponto polêmico no meio político se refere à extinção de pequenos municípios. Como vê essa questão?  

Não há ninguém com quem eu tenha conversado que não admita que um monte de municípios no Brasil foi criado sem necessidade. É um custo elevadíssimo para o país. São mais de R$ 4 bilhões gastos com Câmara de Vereadores, com estrutura política. Se todo mundo admite e reconhece que ter um monte de municípios dá muito mais despesa, então por que não conversar e aproveitar esse momento? Uma coisa que precisa ser feita é criar uma regulamentação para novos municípios, o que não existe até hoje. Ao mesmo tempo, o que fazer com os que estão criados e não se sustentam? Alguma coisa tem de ser feita. Por exemplo, enrijecer, tomar algumas atitudes para diminuir o gasto com a política. Afinal de contas, isso é dinheiro das pessoas, dos pagadores de impostos. A pergunta é: esse dinheiro está bem investido na mão de uma estrutura política de município? É isso que os brasileiros querem? 

  

Acha viável aprovar em ano de eleição municipal?  

É um ano de trabalho. Essa história de ser ano de eleição eu sempre achei estranha. Primeiro, porque a eleição é só no segundo semestre e também porque agora o tempo de campanha foi reduzido para um mês e meio. Então não vejo por que atrapalhar. 

 

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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