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PF suspeito de premeditar a morte da filha diz que não pediu que a mãe abortasse

O policial federal Dheymerson Cavalcante, acusado de premeditar a morte da filha Maria Cecília, de dois meses, na última sexta-feira, 9, contou sua versão do caso em entrevista ao site AC24horas.

Segundo o policial, existia uma relação de “muito afeto” com sua filha. Ele também diz que ajudou financeiramente a enfermeira Micilene Souza, e comprova com extratos bancários.

“Ela foi auxiliada durante a gestação. Eu tinha transferido valores em dinheiro. E em tudo, antes de qualquer obrigação”.

Cavalcante negou que tenha tentado forçar um aborto inserindo pílulas abortivas na vagina de Micilene, assim como a enfermeira alegou.

“Outra coisa que nunca existiu: essa história de comprimidos para o abordo. Isso é mentira! Eu tenho conversas [no WhatsApp] para comprovar isso também. Quem teve a ideia de abortar, tão logo soube que ela estava grávida, não fui eu, foi ela. Eu tenho como provar que foi ela quem teve a iniciativa. E a irmã dela disse que entendia. E eu disse que concordava porque ela me falou de um problema de saúde que podia levá-la a um óbito”.

Sobre a morte da criança ter sido supostamente causada pela ingestão de leite artificial, o policial revela que sua filha tomava esse tipo de leite desde o sétimo dia de vida. O leite, segundo Cavalcante, seria apropriado para a idade do bebê, e seria do tipo Nan.

“Ela fala que eu dei duas mamadeiras para a criança. Duas mamadeiras é muito leite. O que ela tomou, na verdade, foram duas chuquinhas. E eu acredito que a minha mãe deu uma quantidade razoável que se dá a uma criança. Eu espero que a perícia faça um bom trabalho e encontre o problema que a minha filha tinha”.

Cavalcante revela ainda que a criança teve um problema de saúde no dia 18 de fevereiro e que quase morreu, de acordo com a enfermeira. “Ela disse que a criança comeu, dormiu e que quando ela acordou já estava sem respiração. Ela disse que ressuscitou a minha filha”.

Com relação à declaração de Micilene de que a criança teria chegado “molinha” na quinta-feira, 7, o pai da criança afirma que foi uma “declaração muito triste, muito infeliz”.

Questionado se teria coragem de matar uma criança de dois meses, o policial, muito abalado, disse: “Deus me livre”. E completa afirmando que não consegue comer e nem dormir desde o ocorrido.

“Eu não sei explicar o sentimento que eu tenho – e começa a chorar. Eu estou afastado do trabalho porque eu não tenho condições de trabalhar. Eu perdi a minha filha, perdi minha imagem, e estou sendo visto por todo mundo como um monstro. Eu não sei o porquê ela está fazendo isso, mas eu sei que vou mostrar a verdade. Eu tenho todas as provas como eu falei. No final de tudo isso, ela é quem vai responder! Eu perdi minha filha e estou passando por isso”.

Por fim, o policial disse que não tem medo de ser preso e reafirma que não é o culpado pela morte de sua filha.

“Se ela está desesperada, quer encontrar um culpado, eu não sei. Eu sei que cuidei da minha filha da melhor maneira que eu pude. No dia, quando eu falei com a minha mãe, ela estava em desespero. Eu tinha ido ao shopping comprar frauda, e voltei voando. Eu não sei por que a Micilene está fazendo isso. Eu socorri a minha filha, eu fiz o melhor que eu podia por ela. Agora, vem a Micilene dizer que eu fiz tudo isso. Eu não matei minha filha. Eu tenho medo do que as pessoas possam fazer quando me encontrarem. Eu não matei a minha filha”, finalizou.

Com informações de Bruna Melo, da A Gazeta do Acre

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