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Rampas da balsa do Madeira em Abunã estão submersas, relata comunicador

Edmilson Ferreira

Publicado no Diário da Amazônia, de Porto Velho, artigo “O rio Madeira não está pra brincadeira”, do comunicador social Solano Ferreira, que é também especialista em gerenciamento de crise, tenta mostrar um pouco da grave possibilidade de alagamento com a cheia desse manancial. No baixo Madeira as comunidades tradicionais e distritos já estão com água encostando nos assoalhos das palafitas. Tensão para os moradores que em 2014 perderam tudo com a maior cheia já registrada. Já são 40 famílias abrigadas em tendas de campanha da Defesa Civil porque suas casas estão dentro d´água. A prefeitura anunciou que fará a entrega de donativos para suprir as necessidades dessas pessoas que tiveram suas vidas e rotinas alteradas pelo ciclo do grande rio”, relata Solano. Segundo ele, em Abunã, onde a travessia para o Acre ainda é de balsa, as rampas de embarques e desembarques estão submersas. “Por ser o único acesso ao estado vizinho, os irmãos acreanos temem mais uma isolamento por falta de condições de travessia. A ponte em obras que resolverá definitivamente esse problema, ainda tem um vão que ameniza a esperança de cruzar o largo Madeira à enxuta. Contra a natureza não há o que contestar”, diz. Veja o artigo na íntegra:

O rio Madeira não está pra brincadeira

O período festivo de momo será para outros portovelhenses momento de preocupação. O nível do rio Madeira não está para brincadeira..

O período festivo de momo será para outros portovelhenses momento de preocupação. O nível do rio Madeira não está para brincadeira e, no feriadão, a Defesa Civil colocará seu bloco na água para resgatar famílias. No baixo Madeira as comunidades tradicionais e distritos já estão com água encostando nos assoalhos das palafitas. Tensão para os moradores que em 2014 perderam tudo com a maior cheia já registrada.

Já são 40 famílias abrigadas em tendas de campanha da Defesa Civil porque suas casas estão dentro d´água. A prefeitura anunciou que fará a entrega de donativos para suprir as necessidades dessas pessoas que tiveram suas vidas e rotinas alteradas pelo ciclo do grande rio.

As ruas de parte do centro antigo da Capital foram interditadas para fluxo de veículos porque a água inundou as pistas. Os comércios do camelódromo estão prestes a serem invadidos pela dispersão do rio. Prejuízos para quem começou o ano não tão bem e esperava aquecer os negócios no Carnaval.

No alto Madeira a situação também não é boa. A rodovia BR-425 perto de Nova Mamoré tem pontos com alagamentos. As antigas pontes de ferro da Estrada de Ferro Madeira Mamoré estão com água no limite. Nas margens da cachoeira Ribeirão a passagem de veículos é arriscada e pode até ser interrompida a qualquer momento, caso o nível do Madeira continue subindo.

O fenômeno de cheias é comum a cada ano, mas as últimas enchentes tem incomodado. A natureza reage e a intensidade das chuvas deixam a situação alarmante. Com o crescimento das cidades e localidades os impactos tornam maiores e mais visíveis do que nas épocas de população menor e fluxo mais restrito nas estradas.

A BR-364 na antiga Mutum-Paraná parece um filete em meio ao grande lago. As duas margens estão no limite e requer maior atenção dos motoristas. Serviço de elevação do nível da pista foi realizado recentemente, o que garantiu a manutenção do fluxo normal até o momento.

Em Abunã, onde a travessia para o Acre ainda é de balsa, as rampas de embarques e desembarques estão submersas. Por ser o único acesso ao estado vizinho, os irmãos acreanos temem mais uma isolamento por falta de condições de travessia. A ponte em obras que resolverá definitivamente esse problema, ainda tem um vão que ameniza a esperança de cruzar o largo Madeira à enxuta. Contra a natureza não há o que contestar.

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