Indignado. O termo define a maneira como o filho do ex-governador do Acre, Edmundo Pinto, reagiu ao episódio que relata o assassinato do então político, ocorrido há 27 anos em São Paulo. Rodrigo Pinto, que à época tinha apenas 12 anos, publicou um vídeo nas redes sociais na manhã deste domingo, 10, dizendo o pensa a respeito do documentário veiculado pela produtora internacional Netflix.
Segundo ele, o roteiro do documentário sugere claramente, de maneira errônea, que o crime ocorreu motivado por um latrocínio. “Esse documentário chulo, mostra um crime comum. Estão pensando que todos somos ignorantes? Tem o único intuito de levar as pessoas a acreditarem que houve um latrocínio. O que acontece é que existem pessoas muito poderosas que querem induzir a população e aos novos representantes da Justiça, como o senhor Sérgio Moro, como o presidente da Republica Jair Bolsonaro e juízes que assumiram a Lava Jato”.
No vídeo, Pinto relembra detalhes do assassinato do pai. “Vale lembrar que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou sinais de tortura e violência no corpo do meu pai”. “Assim que encontraram o corpo dele, em São Paulo, levaram ao IML, embalsamaram e o envolveram numa espécie de cápsula, para então ser levado ao Acre. Blindaram o corpo dele para que não víssemos as atrocidades que fizeram com meu pai”.
A produção faz parte do sexto episódio da série Investigação Criminal, que conta a misteriosa história que ronda a morte do ex-governador do Acre, Edmundo Pinto, assassinado em 17 de maio de 1992, com três tiros no apartamento 707 do Hotel Della Volpe Garden, na Rua Frei Caneqca, no Centro de São Paulo.
Hoje, aos 40 anos, Rodrigo Pinto mora fora do Brasil. Ele garante que, mesmo sob ameaças de morte, virá ao Brasil e visitará o Acre em meados do próximo mês de junho. “Vou escrever uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro da Justiça senhor Sergio Moro e aos juízes da Lava Jato que reabram o caso do saudoso governador Edmundo Pinto. Naquele período o crime era de lavagem de dinheiro, corrupção ativa. Onde os recursos para federais para chegar ao Estado tinha que passar por uma fatia de comissões entre ministros, secretários de estados, empresas, empresários para financiar essa massa”, destaca.
Ele finaliza o vídeo dizendo que “a dor da impunidade é diária, mas não vou perder o controle. Amadureci e eu vou encontrar o assassino, covarde, traidor da confiança do meu pai”. Pinto ainda deixou um recado ao provável assassino. “Você já está pagando por seus pecados. Seus filhos se perderam no mundo, você não tem legado, não tem sobrenome para sua próxima geração. Durma com esse raciocino, porque seus filhos lhe odeiam pelo que você é!”.
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